sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Igrejinha do Interior - Outro hino para o Ano-Novo!

Caros amigos leitores,

Nada como começar um novo ano com sabor do passado, que lembre o nosso Primeiro Amor, Jesus, nossos primeiros passos no caminho de Deus; para alguns a infância ou juventude na igreja, para outros os primeiros anos marchando na cadência do Exército de Salvação...
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Apertem o cinto e vamos para o interior,
também para o interior do nosso coração e lembremo-nos, quem sabe, dos que já partiram deste mundo, mas, acima de tudo, oremos:
Senhor, quero ser fiel a Ti até o fim:

http://www.youtube.com/watch?v=-oK3hgPSHMs

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segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Graças dou por esta vida (hino para cada dia do ano)

Tack, min Gud, för vad som varit - Kiitos sulle Jumalani - Thanks to God


A foto indica os lugares onde trabalhei para Deus, pelos quais dou graças a Ele. No meu primeiro lugar como oficial salvacionista (pastor), Joinville-SC, aprendi com uma irmã presbiteriana, chamada Sumara, o hino "Graças dou", para saber somente muitos anos mais tarde que o mesmo é da autoria de um oficial salvacionista sueco. Cantado e amado no mundo inteiro, especialmente aqui na Escandinávia, tenho presenciado muitas pessoas emocionadas até as lágrimas ao entoá-lo.

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363 - Graças dou por esta vida,/ Pelo bem que me legou./ Graças pelo meu futuro/ E por tudo que passou./ Pelas bênçãos derramadas,/ Pelo amor, pela aflição,/ Pelas graças reveladas,/ Pelo gozo do perdão.

Graças pelo azul celeste/ E por nuvens que há, também,/ Pelas rosas do caminho/ E os espinhos que elas têm./ Pela escuridão da noite,/ Pela estrela que brilhou,/ Pela prece respondida/ E a esperança que falhou.

Pela cruz e o sofrimento/ E feliz ressurreição,/ Pelo amor que é sem medida,/ Pela paz no coração./ Pela lágrima vertida,/ Teu consolo que é sem par,/ Pelo dom da eterna vida,/ Sempre graças hei de dar.

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Música: a mais popular é a de Johannes A.Hultman, Sols­kens­sang­er (1810), embora haja outras.

Tradução: Alice Ostergren Denyszczuk

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O autor, August Ludvig Storm, nasceu em Motala, Suécia, em 1862. Como jovem, converteu-se a Cristo no Exército de Salvação (Frälsningsarmén). Alguns anos depois de ter-se unido ao Exército, escreveu as palavras deste hino para serem publicadas no Stridsropet ("Brado de Guerra" em sueco), em 5 de dezembro de 1891.

No original sueco o hino possui quatro estrofes, todas começando com a palavra "Graças" (Tack, a mesma para obrigado), em um total de trinta e dois motivos de gratidão. A gratidão do autor expressa-se em diversas circunstâncias e passam pelo escuro e monótono outono e vão através da calma primavera, típicas estações da Escandinávia. Há gratidão pela dor e pelo prazer e também pelas rosas e seus espinhos.

Com somente trinta e sete anos, August Storm contraiu uma doença nas costas que o deixou inválido para o resto da vida. Continuou, no entanto, seu serviço ativo, inclusive trabalhando à frente do departamento de finanças do Quartel Territorial em Estocolmo.

Um ano antes de sua morte, em 1 de julho de 1914, o Tenente-Coronel August Storm escreveu um novo poema no qual agradece a Deus pelos anos de calma e quietude assim como pelos anos de sofrimento e dor.

Depois de seu funeral, o "Brado de Guerra" sueco publicou em sua homenagem: "Era um prazer imenso ouvir seus sermões cheios de poder e com grandes e bem articulados pensamentos!"

August escreveu outros hinos, mas nenhum tão amado e conhecido como o "Graças dou por esta vida", que podemos dizer em um sentido foi baseado no texto abaixo, de Efésios 5:19 e 20:

Falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor, com hinos e cânticos espirituais, dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo.

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Links:

Música mais comum do hino e letra em inglês:
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http://www.hymntime.com/tch/htm/t/h/a/thankstg.htm
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Pela congregação de uma igreja, em português:
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http://www.youtube.com/watch?v=_hWM7CETseg&feature=related
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No original sueco:

http://www.youtube.com/watch?v=dBADhITRAng
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terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Meia-noite,Cristãos! Minuit,Chrétiens!(+ Enrico Caruso)

Meia-noite, Cristãos! Minuit, Chrétiens!
O Holy Night! O Helga Natt!


É meia-noite! Instante augusto é esse/ Em que baixou junto a nós o Homem-Deus!/ Para alimpar a nossa culpa fez-se/ Propiciatório que a nós abre os céus./ O mundo inteiro freme de esperança,/ Na noite que lhe dá um Salvador./ De joelhos, povo! Aguarda a nova aliança!/ Natal, Natal! Nasceu o Redentor!




Da nossa fé que o lumieiro ardente/ Conduza todos ao berço real,/ Tal como aos Magos fez antigamente/ Brilhante estrela, o esperado sinal./ O Rei dos reis nasceu sem fausto ou gala./ Ó poderosos, que hoje governais,/ Cheios de orgulho, um Deus da lapa fala:/ Curvai, curvai a fronte, filiais.

O Redentor remiu qualquer agravo;/ A terra é livre e se abriu já o céu./ Vendo um irmão em quem só era escravo,/ Rompe as algemas de quem era réu./ A Cristo traze coração aberto?/ Nasce Ele e sofre e morre, alfim, por nós!/ Ergue-te, povo! E canta que és liberto!/ Natal! Natal! ergue alto a tua voz!

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De letra original francesa, de Capeau de Roquemaure, são muito divulgadas as versões Santa la Noche, espanhola, e O Holy Night, do escritor americano John Sullivan Dwight (1813-1892).

Meia-noite, cristãos! destina-se ao serviço da meia-noite realizado nas igrejas católicas na véspera do Natal. Posto em música por Adolph Carlos Adam (1803-1856), foi bem aceito e adquiriu, durante quase um século, grande popularidade.

Adam foi compositor, crítico musical e professor de composição no Conservatório de Paris. Escreveu principalmente para o teatro, mas deixou também várias produções sacras, em que prevalece o cunho profano, peculiar ao autor. Essa a razão por que, ultimamente, suas obras vêm sendo banidas dos oficios religiosos, inclusive este cântico do Natal; o que não impede sejam aproveitados em comemorações não litúrgicas.

Fonte: Cânticos de Natal Reunidos e Anotados por Henriqueta Rosa Fernandes Braga, cuja primeira edição, de sucessivas, foi em 1947.

Tradução: Maria Eugenia Celso e Adelina Cerqueira Leite.

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O hino, que considero belo, forte, atual e que traduz o Cristianismo autêntico, abriu a segunda parte da audição do Natal do coral da Igreja Episcopal Anglicana - dirigido pela saudosa Dona Eunice Lamego, sua fundadora - onde tive o privilégio de, com 16 anos, cantar unindo-me a outros tenores, no dia 22 de dezembro de 1959, às 20h30, na cidade de Pelotas-RS.

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O famoso cantor que participou de nossa reunião anonimamente!


Ontário, Canadá, final da década de 20. O Capitão Schmid e sua mulher saíram para realizar uma reunião ao ar livre em uma calçada em frente a um luxuoso hotel. Enquanto cantavam, aproximou-se dele um rapaz muito bem-vestido que, amavelmente, perguntou se não se importariam que ele se unisse a eles para cantar. E assim cantaram juntos o hino de Fanny Crosby, "Mais perto de Tua cruz, quero estar, ó Salvador!"

A voz magnífica do jovem logo atraiu grande público, inclusive das janelas do hotel. A pedido geral, o rapaz cantou mais dois hinos, sendo muito aplaudido. No final da reunião, a sra. Schmidt pediu aos presentes uma coleta em favor do Exército de Salvação local. E assim recebeu mais do que cem dólares canadenses, o que na época significava uma soma enorme. Despedindo-se do cantor, o casal salvacionista agradeceu a sua valiosa cooperação. Então, ele revelou que era um grande admirador do Exército de Salvação e que ter cantado naquela reunião ao ar livre representara para ele uma grande satisfação.

Quando o grupo se dissolveu, a proprietária do hotel perguntou ao casal se conhecia o rapaz da voz maravilhosa. Ambos disseram que não, e que aquela fora a primeira vez que o tinham ouvido. "Trata-se do famoso cantor Enrico Caruso!" E assim um notável e famoso tenor colaborou para o êxito de uma simples reunião ao ar livre realizada por apenas um casal de oficiais.

Revista "Der Ofizier", 1930/ "Brado de Guerra", 1983.

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Já leu? Então escute agora Enrico Caruso cantando, no original francês, Minuit, Chrétiens!(Meia-noite, Cristãos!), a única melodia de Natal gravada pelo famoso tenor, em fevereiro de 1916, uma raridade!

http://www.youtube.com/watch?v=hv5t7pOs4vc.

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Que você tenha

- a alegria do Natal - que é Esperança

- o espírito do Natal - que é Paz

- o coração do Natal - que é Amor

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Escute o hino em diferentes idiomas e com diferentes intérpretes:


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Em português, canta um coral batista:
http://www.youtube.com/watch?v=INZiJ9Valno


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Em francês, canta Nana Mouskouri "Minuit, Chrétiens":
http://www.youtube.com/watch?v=BBfdsGb4JaU&feature=related

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Em sueco, canta Carola "O Helga Natt":
http://www.youtube.com/watch?v=XCuUDWkc6c0

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Em inglês, com legendas em holandês, Evie Tornqvist canta "O Holy Night":
http://www.youtube.com/watch?v=FK5sqE8LoHc


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Procure-o também nas interpretacões dos famosos
Mario Lanza, Nat King Cole e Celine Dion


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quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Belo e bom Jesus/ Fairest Lord Jesus (em 5 idiomas)

Schönster Herr Jesus - Fairest Lord Jesus -

Härlig är Jorden - Maa on niin kaunis


Um dos hinos mais populares de Natal na Europa,

principalmente nos países escandinavos.




Do Hinário Salvacionista Brasileiro e Português.




Dos Hinários Salvacionistas em Língua Inglesa



Do Hinário Salvacionista Finlandês

De um dos Hinários Salvacionistas Suecos


De um Antigo Hinário Salvacionista Alemão

Ascalon, este hino tão belo e popular, tem uma história incerta e um autor desconhecido. Acredita-se que tenha sua origem no ano 1607, possivelmente escrito por jejuítas alemães e chamado Shönster Herr Jesu, conforme constou em uma publicação católico-romana de 1677, com uma estrofe acrescentada mais tarde em inglês por um pastor e teólogo luterano. Originalmente foi cantado como canto gregoriano por monges jejuítas. A música era popular no século 17 entre camponeses, sendo uma melodia folclórica da Silésia, hoje situada na Polônia. Em 1850, Richard S. Willis, que escreveu hinos de Natal, entre eles o "Em linda noite ao mundo, a nós" (It came upon the midnight clear) introduziu-o em hinários evangélicos. Diversas versões da letra do hino surgiram através dos anos.
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Carola canta o hino em sueco:

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Um coral canta o hino em português, em outra versão:

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Surgem anjos proclamando/Gloria in Excelsis Deo!



Angels we have heard on high - Les anges dans nos campagnes

454 - Surgem anjos proclamando/ Paz na terra e a Deus louvor./Vão seus hinos entoando/ Nas montanhas em redor.

Coro - Glória.... Glória a Deus nas alturas! (bis)

Vão-se alegres os pastores/ Ver o Infante celestial/ E acrescentam seus louvores/ Ao louvor angelical.

Berço rude Lhe foi dado,/ Mas do céu Lhe vem louvor./ Ele é o Salvador amado,/ Bem merece o nosso amor.

Povos, tribos, celebrai-O!/ Glória a Deus, também dizei./ Ajoelhados, adorai-O,/ Ele é o Cristo, o grande Rei!

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Letra e melodia tradicionais francesasItálico


Os mais remotos hinos de Natal de origem popular francesa (Noëls) que se conhecem datam do século XI e se acham esparsos em manuscritos nas diferentes bibliotecas do país. De autores desconhecidos na maior parte, sabe-se, quando muito, quem os recolheu e colecionou. Pouco a pouco, músicos foram associando seus nomes à produção de Noëls.

Não se conhece autor nem data do Glória. Sabe-se apenas que se trata de uma melodia tradicional francesa, irmã dos Noëls, acima referidos, que ultrapassou fronteiras e se impôs ao mundo cristão. Conhecem-se dele várias traduções inglesas e portuguesas. Das inglesas, Angels we have heard on high, de autor desconhecido, é uma das mais fiéis ao original francês. Sobre ela é que o professor Isaac Nicolau Salum fez, em 1942, a sua tradução portuguesa.


Fonte: Cânticos do Natal, Reunidos e Anotados por Henriqueta Rosa Fernandes Braga.
Nota: No francês e em outras traduções o coro é cantado em latim:
Gloria in excelsis Deo.


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Por curiosidade e quem sabe para relembrarmo-nos o idioma francês, aprendido por muitos de nós, no passado, no "ginásio", transcrevo a letra no idioma original do cântico, cuja tradução pode ser Os anjos na nossa campanha, entendido somente por nós, gaúchos, que também usamos a palavra campanha para zona rural, campo (countryside no idioma inglês).


Les anges dans nos campagnes
Ont entonné l'hymne des cieux,
Et l'écho de nos montagnes
Redit ce chant mélodieux

Gloria in excelsis Deo (Bis)

Bergers, pour qui cette fête ?
Quel est l'objet de tous ces chants ?
Quel vainqueur, quelle conquête
Mérite ces cris triomphants:

Gloria in excelsis Deo (Bis)

Ils annoncent la naissance
Du libérateur d'Israël
Et pleins de reconnaissance
Chantent en ce jour solennel

Gloria in excelsis Deo (Bis)

Cherchons tous l'heureux village
Qui l'a vu naître sous ses toits
Offrons-lui le tendre hommage
Et de nos cœurs et de nos voix

Gloria in excelsis Deo (Bis)

Bergers, quittez vos retraites,
Unissez-vous à leurs concerts,
Et que vos tendres musettes
Fassent retenir les airs


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Um coral de meninos canta em francês o lindo hino:

http://www.youtube.com/watch?v=XmnWtDbif48

E também na bela voz de Mireille Mathieu:

http://www.youtube.com/watch?v=KN2O0pqfJHQ&NR=1

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quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Eis dos anjos a harmonia! - C.Wesley - Mendelssohn (Bach)

Hark! the herald angels sing! - Lyss till änglasångens ord

466 - Eis dos anjos a harmonia!/ Cantam glória ao Rei Jesus./ Paz aos homens! que alegria!/ Paz com Deus em plena luz./ Ouçam, povos exultantes,/ Ergam salmos triunfantes,/ Aclamando o seu Senhor;/Nasce Cristo, o Redentor!

Coro: Toda a terra e os altos céus cantem sempre glória a Deus!

Cristo, eternamente honrado,/Do Seu trono se ausentou./ Entre homens encarnado,/ Deus conosco Se mostrou./ Que sublime divindade!/ Que excelsa humanidade!/ Salve, glória de Israel,/ Luz do mundo, Emanuel!

Cante o povo resgatado/ Glória ao Príncipe da paz;/ Deus, em Cristo revelado,/ Vida e luz ao mundo traz!/ Nasce a fim de renascermos,/ Vive para ressurgirmos,/ Rei, profeta e Salvador./ Louvem todos ao Senhor!

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Letra

Charles Wesley (1707-1788)


Filho de Samuel e Suzana Wesley e irmão de John Wesley, nasceu em Epworth, Inglaterra. Tão logo iniciou a falar, sua mãe ensinou-lhe a oração do Pai Nosso e, aos cinco anos, o alfabeto, passando logo a ler porções simples da Bíblia. Em 1735, acompanhou seu irmão John à Georgia. Retornando à Inglaterra, adoeceu; lembrou-se então da coragem dos moravianos durante uma tempestade em alto-mar. Em 1738, foi levado ao verdadeiro conhecimento de Cristo como seu Salvador pessoal. Pregou com tanto fervor que o arcebispo de Cantuária proibiu-lhe, e a seu irmão John, de fazê-lo ao ar livre e participar de outras atividades, o que não o impediu de continuar a trabalhar para o Senhor na Inglaterra, Gales e Irlanda. Escreveu mais de 6.500 hinos. Enquanto John Wesley foi o fundador da Igreja Metodista, Charles Wesley inspirou o metodismo com os seus hinos.

Música

Felix Mendelssohn (1809-1847)



Felix Jacob Mendelssohn-Bartholdy nasceu em Hamburgo, Alemanha, e era neto do conhecido filósofo israelita, Moses Mendelssohn. De família luterana, recebeu os primeiros ensinamentos musicais de sua mãe. A família formava uma orquestra e muitas vezes tocava melodias escritas pelo menino Felix.

Começou a compor aos doze anos; aos dezesseis escreveu a abertura "Sonho de uma noite de verão", o que lhe firmou o nome como compositor. Produziu peças vocais, orquestrais, concertos para violino e piano, música de câmara, sonatas, prelúdios, fugas para órgão etc. Ocupou o cargo de diretor da orquestra do Gewandhaus e, juntamente com outros, fundou o conservatório de Leipzig. Visitou várias vezes a Inglaterra, cujo público conquistou; a última visita, em 1846, tornou-se memorável pela apresenteação de seu oratório Elias.

Uma de suas maiores glórias reside na revelação ao mundo musical da obra de Johann Sebastian Bach, esquecida desde a sua morte. Chamou a atenção sobre ela, quando, com apenas vinte anos de idade, regeu de cor, na Singakademie de Berlim, a "Paixão Segundo São Mateus", obra prima do insigne músico de Leipzig, Bach.

Para Felix, o acontecimento representava não somente o centenário da prémiere da obra de Bach, mas também o centenário de seu avô Moses. Em março de 1829, foi o regente de um coral de 400 vozes e o evento teve tanto sucesso que, dez dias depois, no aniversário de Bach, a "Paixão" foi apresentada outra vez. Graças a isso, Felix foi o responsável pela sistemática publicação e subsequente apresentação das músicas de igreja de Bach. Através dessa apresentação, arrecadou dinheiro suficiente para erigir uma estátua de seu grande mestre Bach. A estátua foi dedicada em 1841, e o neto de Bach foi convidado para estar presente. Felix também manteve bom relacionamento com os herdeiros de seu avô na comunidade judaica. Colaborou com o rabino reformador Abraham Geiger no texto do oratório Elias. Em 1844, Felix escreveu uma cantata baseada no Salmo 100, a quatro vozes e acompanhada de uma pequena orquesta, para o serviço de dedicação da nova sinagoga reformada de Hamburgo.

História

"Eis dos anjos a harmonia" foi publicado pela primeira vez em 1739, na coleção Hymns and Sacred Poems, de Wesley. Durante 116 anos foi cantado com várias músicas sem se vincular a nenhuma. Em 1855, o organista da abadia de Walham, William H. Cummings, examinando a cantata de Mendelssohn, escrita para o festival realizado em Leipzig em 1840 - ocasião quando foi comemorado o aniversário da invenção da imprensa - lembrou-se de adaptar o coro número 2 dessa canção à letra de "Eis dos anjos a harmonia!" Foi feliz na união de ambas. A grande aceitação obtida levou-o a publicá-la em 1856; daí por diante não mais se separaram. Essa adaptação musical passou a chamar-se Mendelssohn.

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Fonte: "Cânticos de Natal" - livreto "Louvor por Herança" - Internet

A primeira tradução do hino foi refeita por uma comissão do Hinário Evangélico.

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Link

Ouça, pelo coral da Catedral de Wells, o hino no original inglês:

http://www.youtube.com/watch?v=pvN1FOZN4Ww

sábado, 4 de dezembro de 2010

Eis que um anjo proclamou o primeiro Natal

The first Nowel

465 - Eis que um anjo proclamou o primeiro Natal/ A uns pobres pastores ao pé de Belém,/ Lá nos campos os rebanhos guardando do mal,/ Numa noite tão fria, escura também.

Coro - Natal! Natal! Natal1 Natal!/ É-nos nascido um Rei divinal!

E de súbito no céu linda estrela surgiu/ No oriente brilhou com estranho fulgor./ E a terra recebeu essa luz que fulgiu/ Muitas noites em tão grandioso esplendor.

Tendo visto a clara luz dessa estrela sem par,/ Do oriente alguns magos a foram seguir,/ À procura de um rei que devia chegar/ Aos judeus e antigas promessas cumprir.

Essa estrela apareceu e os magos guiou/ Na estrada que para a Judéia conduz;/ E, chegando a Belém, essa estrela parou,/ Bem acima da casa em que estava Jesus.

E os magos, com afã e com grande temor,/ Nesse humilde lugar se vieram prostrar/ Com ofertas liberais e de muito valor;/ Ouro, mirra e incenso vieram-Lhe dar.

E com eles vamos nós, com sincero fervor,/ Tributar homenagens a Quem nos amou,/ Adorar de coração o supremo Senhor/ Que, morrendo na cruz, nossas almas salvou!

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Richard Hill, um especieiro londrino,Negrito em um livro de notas, escreveu, de 1500 a 1536, tudo o que não desejava esquecer, desde tabelas de preços, quebra-cabeças, datas dos aniversários dos filhos, receitas culinárias a poemas em inglês, francês e latim, além de apontamentos musicais.

"O Primeiro Natal" foi um desses carols que narra com singeleza o que se passou no nascimento de Jesus. O livro de notas de Richard Hill foi encontrado em 1850 e hoje é conservado na biblioteca do Balliol College, em Oxford.

A música é tradicional inglesa, publicada em 1833 e harmonizada por Sir John Stainer (1840-1901), compositor inglês e organista da Catedral de São Paulo, em Londres.

Fonte: Cânticos do Natal, reunidos e anotados por Henriqueta Rosa Fernandes Braga (primeira edição de 1947).

Tradução: em 1941, pela missionária no Brasil, Ruth See (+ 1960).

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Foto: O Campo dos Pastores, em Belém, Israel.

Algo de que nunca me esqueço, e que tenho usado em minhas mensagens, são as palavras do guia ao mostrar-nos cavernas no chamado Campo de Pastores, naquela minha primeira visita à Terra Santa, em 1986. "Os pastores deitavam-se de forma a bloquear a entrada das cavernas onde estavam guardados os seus rebanhos durante a noite."

Assim, os animais selvagens eram impedidos de entrar e atacá-los, o que combina perfeitamente com as palavras do hino, "... a uns pobres pastores ao pé de Belém, lá nos campos os rebanhos guardando do mal, numa noite tão fria, escura também."

Da mesma forma, Jesus, o Bom Pastor, neste mundo de perigos, protege Suas ovelhas dos ataques do mal.

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O hino cantado no original inglês por um vibrante coral:

http://www.youtube.com/watch?v=BDgm87S0WxU

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quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

*Natal* Noite de Paz (Noite feliz)

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O mais famoso!
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Conheça sua história!
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Cante-o em várias línguas!
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Veja o seu manuscrito original
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Veja a capela da Noite Feliz na Áustria!
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Procure-o no YouTube em variadas interpretações!
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Clique:
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sábado, 20 de novembro de 2010

*Natal* Pequena Vila de Belém


Por que começar a contar as histórias de hinos de Natal com o "Pequena Vila de Belém"?

Porque música e letra foram escritas por um pároco e um leigo da Igreja Episcopal Anglicana.

Porque o aprendi nessa igreja, que foi a de minha infância e adolescência.

Era o Natal Adoração, enquanto que meus Natais seguintes e até o presente, no Exército de Salvação, têm a ver com adorAção!



Na foto o belo templo da Igreja, hoje Catedral, na cidade de Pelotas-RS.

E ainda guardo a partitura do tenor, voz que eu cantava no coral da igreja, dirigido pela saudosa Dona Eunice Lamego.

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O little town of Bethlehem - O Bethlehem, du lilla stad

453 - Pequena vila de Belém,/ Repousa em teu dormir/ Enquanto os astros lá no céu/ estão a refulgir;/ Porém nas tuas trevas/ Resplende eterna luz/ incomparável, divinal;/ Nasceu o bom Jesus!

Da virgem mãe nasceu Jesus./ Vós, anjos, dai a Deus/ Louvor, e aos homens proclamai/ As novas lá do céus./ Estrelas matutinas,/ em hinos de louvor/ Aos anjos e homens proclamai/ De Deus o eterno amor.

O dom glorioso, divinal,/ Nenhum estrondo faz,/Assim aos homens o Senhor/ Concede graça e paz./ Sereno e sem alarde/ Vem Ele ao mundo, assim,/ trazendo aos homens redenção,/ Amor e paz sem fim.

Ó Santo Infante de Belém,/ Em nossos corações/ Habita, faze-os entrever/ Celestiais visões./ Nos céus proclamam anjos/ De Deus o amor fiel!/ Oh! vem, Senhor, em nós morar,/ Eterno Emanuel.

Negrito______________________

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O autor, Dr. Phillips Brooks (1835-1893), foi bispo da Igreja Episcopal dos EUA para o estado de Massachusets, tendo por 22 anos sido ministro de uma das mais famosas igrejas americanas, a da Santa Trindade, em Boston, sua cidade natal. As crianças amavam o bondoso bispo Brooks e quando ele faleceu uma teria dito: "Como os anjos devem estar contentes!"

Lewis H. Redner, o compositor, nasceu na Filadélfia e foi leigo nessa mesma igreja, onde por muitos anos serviu como organista e superintendente da escola dominical.

História do hino

Em 1886, Brooks fez uma visita ao Oriente Médio. Enquanto andava a cavalo na cidade de Belém, pensou no que ali havia acontecido séculos antes. Assim, inspirou-se a escrever a letra do hino "Pequena vila de Belém" e dedicou-o às crianças de sua amada igreja.

Um dia, antes de apresentar-lhes a sua poesia, mostrou-a ao seu amigo Lewis, organista, pedindo-lhe que conseguisse uma música para ela. Redner acordou um dia com a melodia em sua mente e anotou-a imediatamente, compondo a harmonia para a mesma no dia seguinte.

Tradução:

Em 1930, por Salomão Ferraz, bispo da Igreja Católica Livre do Brasil, tendo sido anteriormente pastor das Igrejas Presbiteriana e Episcopal.

Fonte:

"O Louvor por Herança"

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Quando, em 1985, passando pela Quinta Avenida, em Nova York, não pude deixar de entrar no templo da Igreja Episcopal de St. Thomas. Falavam alto as recordações.

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L i n k s


Evie, minha cantora evangélica favorita, interpreta o hino:


http://www.youtube.com/watch?v=LtIokMInmfA


Jovens o cantam em uma Igreja da Ásia:Itálico


http://www.youtube.com/watch?v=RmjQvdtbiic&feature=related


Procure-o no também na interpretação de Nat King Cole.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

2 Hinos Sobre Ajudar o Próximo (e suas breves histórias)

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Rescue the perishing - Rädda de döende - Kuolemann tieltä sä eksyneet










O prédio do Corpo do Exercito de
Salvação (Pelastusarmeija/Frälsningsarmén) de Hämeenlinna, sul da Finlândia, que dirigimos desde março de 2009, foi construído em 1910 - tem 100 anos, portanto - sendo que sua última renovação aconteceu há 7 anos. Histórico, foi o primeiro Corpo de língua finlandesa inaugurado fora da capital Helsinki, em 1890. As fotos mostram o trabalho social mencionado na última postagem, quando pessoas necessitadas ouvem a Palavra de Deus e recebem após uma sacola contendo pão, laticínios, sucos etc. a cada quinta-feira. Durante o Natal, centenas de pessoas adentram nosso salão e recebem um vale-supermercado com o valor dependendo do número de membros de sua família. Os leitores podem admirar-se do fato de haver pobres no chamado Primeiro Mundo. Por trás da pobreza material muitas vezes está o vício do alcoolismo, um grande problema social nos países nórdicos.
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Com 60 anos, FANNY CROSBY, a famosa escritora de hinos cega, sentiu inovar o seu ministério e passou diversos dias da semana nas favelas do Bowery, distrito de Nova York. Certa vez, depois de visitar muitas famílias destituídas de tudo, Fanny voltou para casa e escreveu este hino mundialmente conhecido:

420 - Ama o teu próximo, busca o perdido,/Leva a mensagem de luz e amor;/ Serve com compaixão, nutre o faminto,/ Conta história do terno Senhor.
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Coro - Ama o incrédulo, ganha sua alma, Deus o aceitará, o salvará!

Dentro do coração, triste e abatido,/ Surge o anelo de paz e perdão;/ Com terno e doce amor, Cristo o chama/ Para salvá-lo da vil perdição.

Cumpre o teu dever junto ao caído,/ Dá-lhe a esperança em Cristo Jesus;/ Guia o pecador arrependido/ Pelo caminho divino da cruz.
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A história de Fanny Crosby na postagem de 07 de agosto de 2010.

Nova tradução deste hino: Carl S. Eliasen

O hino no original em inglês:

http://www.youtube.com/watch?v=a6VqGczqmg0&feature=related

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The Savior of men came to seek and to save - Vår Frälsare kom för att lösa var själ




Nas duas pequenas fotos de um Natal no início dos anos 70 estou de costas, mas encarando de frente, pela segunda vez, uma das mais dramáticas e impressionantes experiências que tenho tido ao ajudar pessoas (referindo-me aqui especificamente a distribuir mantimentos, presentes etc.). Com um grupo de colegas, visitamos a Cidade dos Hansenianos, nas proximidades de Pirapitingui, no estado de São Paulo. Cerca de uma centena de pacientes reuniram-se no cinema ali existente, e cantamos, contamos a história bíblica do Natal, falamos do amor de Deus e vimos muitas mãos estendidas - sem dedos - para receber nossos presentes. Dali fomos ao hospital e à penitenciária na mesma missão naquele dia em que o Exército de Salvação visitou em mais um Natal "a cidade sem crianças" *, conforme observou um colega enquanto nossas Kombis percorriam suas ruas, arborizadas, bem cuidadas, mas tristonhas ao extremo (inclusive com muitos urubus a sobrevoando...). Quando trabalhei no estado do Rio de Janeiro, visitamos o mesmo tipo de cidade, perto de Itaboraí. Desconheço se essas verdadeiras cidades, que isolavam os doentes com hanseníase, ainda existem no Brasil.
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* filhos sãos permaneciam em outra instituição.


O Exército de Salvação mantém intituições do gênero em muitos países da África e Ásia (foto)

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A seguir, publicamos o amado hino salvacionista que contribuiu - e ainda hoje - para que pessoas se oferecessem ao trabalho integral da Obra, como oficiais. O autor foi o General Albert Orsborn (1886-1967), de nacionalidade inglesa, o sexto líder do Exército de Salvação (The Salvation Army) mundial, de 1946 a 1954, também chamado de "o general poeta", pelos muitos hinos inspirados que escreveu.
Ele mesmo narra o que o levou a escrever o hino: "No sul de Londres, em 1923, eu vi a infrutífera situação: muitas igrejas verdadeiras relíquias ao longo do lado sul do rio Tâmisa, e centenas de milhares de pessoas paupérrimas e miseráveis sem conexão nenhuma com essas igrejas e catedrais!"
Ainda que consideremos que pobreza signifique situação às vezes extrema de carência material, os salvacionistas ao cantarem este hino pensam também em pessoas de todas as classes sociais, pobres e destituídas espiritualmente de paz, alegria e esperança.

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416 - O Filho de Deus veio para salvar/ As almas perdidas no mal./Amor impeliu-O ao mundo baixar,/ Fiel ao desígnio divinal./ Soldados valentes precisa Jesus,/ Obreiros que tenham valor,/ Que salvem as almas e levem a luz/ De Cristo ao vil pecador.

Coro: Desperta em mim compaixão/ E o mesmo amor do Senhor./ Que em toda a palavra e em toda a ação/ Procure salvar o pecador.
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O povo, sem Deus, se afasta do bem/ e muitos vão à perdição./ Não há quem lhes fale da senda do além,/ Da vida, da paz, do perdão./ Guerreiros audazes precisa o Senhor,/ Que cheios de santa paixão/ Se lancem na luta com todo o ardor,/ Entregues a Deus, sem condição.

A ciência jamais poderá inventar/ Remédio que cure o mal/ Da alma ferida de muito pecar,/ Sedenta de paz celestial./ Derrama em mim o Teu santo amor!/ Teu servo fiel hei de ser/ Em todos os tempos, com grande fervor,/ Por Ti vou lutar até morrer.
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O hino gravado ao ser entoado pela congregação inglesa de uma reunião salvacionista:

http://www.salvoaudio.com/audio/songs/songs_014.mp3

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E depois de tantos anos, o alto ideal contido nestes hinos ainda é anelado e buscado como um santo desafio.

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Próximas postagens:

Contando a história por trás de conhecidos hinos de NATAL.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Cantando Chopin e Beethoven no Campo de Prisioneiras

Leia no meu blog1 a história - interessante e verídica - que virou filme de sucesso!

Alvo mais que a neve, sim, nesse sangue lavado...

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Whiter than the snow - Vitare än snö - Valkeammaksi lunta


18.11.10 - Hoje, ao acordar, olhando pela janela do nosso quarto, vi esta exata paisagem do quartel construído quando a Rússia dominava a Finlândia, antes de sua independência, em 6.12.17. É a vista do nosso dia-dia, com a diferença de que nevou bastante na noite passada, de fato a primeira neve "de verdade" deste inverno! Dirigindo-me para o Corpo do Exército de Salvação que dirigimos, em Hämeenlinna, fui cantarolando este antigo hino, planejando cantá-lo na reunião espiritual que precede a distribuição de pão e laticínios de cada quinta-feira. Minha mensagem baseei em Isaías 1:18 -
... Ainda que os vossos pecados são como a escarlate, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que são vermelhos como o carmezim, se tornarão como a lã. Assim, muitos pobres que nos procuram semanalmente ouviram novamente atentos, desta vez enquanto a neve podia ser vista caindo profusamente através de nossas grandes janelas. Por um momento pensei na semelhança dessa reunião com as do antigo Salvation Army dos seus primórdios.

Algumas horas depois, voltando para casa, decidi pesquisar a história deste belo hino cantado por muitas igrejas do Brasil e no mundo. Particularmente, aprendi-o quando criança nos bancos da Igreja Episcopal Anglicana quando, na década de 50, esta Igreja usava o primeiro hinário do Brasil, os "Salmos e Hinos".


276 - Bendito seja o Cordeiro,/ Que na cruz por nós morreu;/ Bendito seja o Seu sangue,/ Que por todos nós verteu!/ Eis nesse sangue lavados,/ Tendo puro o coração,/ Os pecadores remidos/ Que perante Deus estão!

- Alvo mais que a neve (bis), sim nesse sangue lavado, mais alvo que a neve serei!

Quão espinhosa a coroa/ Que Jesus por nós levou;/ Oh! quão profundas as chagas/ Que nos provam quanto amou!/ Eis nessas chagas pureza/ Para o maior pecador,/ A quem mais alvo que a neve/ O Teu sangue faz, Senhor!

Se nós a Ti confessarmos/ E seguirmos Tua luz,/ Tu não somente perdoas,/ Purificas, ó Jesus!/ Lavas de todo o pecado,/ Que maravilha de amor!/ A nós mais alvos que a neve/ O Teu sangue faz, Senhor!

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Samuel Horatio Hodges (+ 1922) foi um advogado nos E.U.A. e escreveu este hino enquanto viajava na Inglaterra com William Booth, o fundador do Exército de Salvação. Nas campanhas evangelísticas do Fundador, Samuel cantava solos. Um convicto crente na doutrina da santidade, frequentemente conversava com Booth e sua esposa Catherine a respeito das lutas, angústias e desafios pelos quais passavam os convertidos e os soldados salvacionistas diante do assunto "um coração puro".

Mais tarde, o filho do capitão Samuel, ele próprio um oficial salvacionista nos E.U.A., contou que era comum o Fundador, seu filho Bramwel Booth, George Railton e seu pai almoçarem juntos. Em uma dessas ocasiões, antes de uma reunião em que o Fundador pregaria a respeito de santidade, ele voltou-se para o seu pai Samuel e pediu-lhe que para a próxima reunião cantasse um solo que tivesse o tema de como possuir um coração puro. Quando a resposta foi negativa, pois não conhecia nenhum hino que se adaptasse, o Fundador pediu-lhe que escrevesse um. Como Samuel era um homem de oração, pediu a Deus que lhe desse inspiração para escrever o que lhe fora pedido. E assim nasceu o hino "Alvo mais que a neve". Samuel mais tarde em sua vida tornou-se um ministro quacre.
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Fonte: Companion to the Song Book
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Nota - O autor do coro do hino foi Eden Reeder Latta, baseado supostamente na música "Blessed be the fountain of blood". Não propriamente uma tradução, a versão em português é dos "Salmos e Hinos", de Henry Maxwell Wright (+ 1931).

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Procure no

http://www.youtube.com/

"Whiter than the snow"

ou "Alvo mais que a neve"

e achará diversos intérpretes

e acompanhamentos musicais

do conhecido hino.
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segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Santo! Santo! Santo! Deus Onipotente!

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Holy! Holy! Holy! - Helig, helig, helig! - Pyhä, pyhä, pyhä!

16 - Santo! Santo! Santo! Deus onipotente!/ Desde o amanhecer nós cantamos com ardor./ Santo! Santo! Santo! Bom e verdadeiro!/ És Deus triúno, excelso Criador!

Santo! Santo! Santo!/ Todos os remidos,/ Juntos com os anjos, proclamam Teu louvor./ Antes de formar-se o firmamento e a terra,/ Eras, e sempre és, e hás de ser, Senhor.

Santo! Santo! Santo!/ Nós, os pecadores,/ Não podemos ver tua glória sem tremor./ Tu somente és santo; só Tu és perfeito,/ Deus soberano, imenso em Teu amor!

Santo! Santo! Santo! Deus onipotente!/ Tuas obras louvam Teu nome com fervor./ Santo! Santo! Santo! Justo e compassivo!/ És Deus triúno, excelso Criador!




Reginald Heber
(1783-1826)

O jovem poeta pertencia a uma família de certa riqueza e cultura. Era tão generoso com o seu dinheiro que, para evitar que ele o distribuísse todo com os amigos, a caminho da escola, sua mãe costumava costurá-lo no forro de suas roupas.
O jovem virou as costas a todas essas vantagens e riquezas para se tornar pastor de uma igreja anglicana na pequena cidade de Hodnet, na Inglaterra. Foi providencial para o cristianismo que, durante dezesseis anos, ele tivesse pastoreado uma igreja pequena, poque assim pode dividir o seu tempo com a igreja e os seus trabalhos literários.

Foi durante esse período que ele escreveu muitos dos seus 57 hinos, pretendendo usá-los em ocasiões especiais, mas o bispo de sua diocese não concordava que a congregacão cantasse muitos hinos. Assim sendo, ele guardava os seus hinos numa velha mala pertencente à família. Dezesseis anos após a sua morte, sua viúva divulgou muitos dos seus preciosos hinos.

Esse hino, que talvez seja cantado mais do que qualquer outro, baseia-se em Apocalipse 4:8-11 e só foi descoberto trinta e cinco anos após a sua morte, quando sua viúva divulgou o conteúdo daquela velha mala.

Lord Tennyson, famoso poeta inglês, disse, certa ocasião, que, a seu ver, este era o maior hino de todos os tempos, por sua pureza de linguagem, devoção e espiritualidade, apesar de tratar de um assunto tão abstrato.

Depois de exercer seu pastorado em Hodnet, durante dezesseis anos, Heber foi eleito Bispo de Calcutá, na Índia, onde, quase sem parar, serviu durante três anos. No dia 3 de abril de 1826, seu corpo foi encontrado inerte e sem vida por um servente que estranhou o fato de que o bispo estava demorando muito para o seu banho costumeiro.

Reginald Heber morreu aos 42 anos e foi um dos brilhantes poetas da hinologia inglesa. No seu túmulo estão gravadas estas palavras, tão expressivas: "Ele cumpriu os seus deveres mais humildes e mais importantes com cuidado, com todo o seu coração, com toda a sua alma e com todas as suas forçaItálicos."

A melodia com a qual cantamos o hino, tem o nome de Nicaea e é da autoria do Dr. John B. Dykes (1823-1876). Foi um homem de grande talento musical. Foi também organista e compositor de grande capacidade. Diz Robert McCutchan que John Dykes, quando criança, gostava tanto de órgão que pagava às suas irmäs um centavo por hora para que estas o pedalassem enquanto ele tocava.

O hino de Heber, tão grande como é, só se tornou famoso quando se juntou à música do Dr. John B. Dykes. A tradução que temos no Cantor Cristão é de João Gomes da Rocha.


Fonte: "Se os Hinos Falassem"/volume I/ Bill H.Ichter/Juerp
Nota: Mala certamente significa antigo baú.
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O hino em inglês:

http://www.youtube.com/watch?v=sKmTdskCWPg&feature=related

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sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Resplandeçam nossas luzes através do escuro mar

Let the lower lights be burning


421 - Nas tormentas desta vida/ Perto está a perdição./ Aos incautos navegantes/ Quem trará a salvação?

Coro - Resplandeçam nossas luzes/ através do escuro mar,/ pois nas trevas do pecado/ Almas podem naufragar!

Sempre brilha, em graça imensa,/ rico amor do eterno Deus;/ Cumpre a nós mostrar o rumo/ da viagem para os céus.

Nuvens de paixão mundana/ Obscurecem-lhes o sol,/ Ergue o grito de perigo,/ Alça as luzes do farol!

Os errantes insensatos/ Guia ao porto divinal!/ Em Jesus há vero abrigo/ Do furor do temporal.

Noite eterna se aproxima,/ De remorso e de amargor!/ Clama, avisa os infelizes,/ Insta-os para o Salvador!

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Philip Paul Bliss (1838-1876), nascido na Pensilvânia, EUA, foi um menino pobre com muita predisposição para a música e, criativo, fazia instrumentos de junco. Ajudou seu pai a pagar seus impostos vendendo verduras. Certa vez, viu alguém tocando piano pela primeira vez; boquiaberto, ficou junto à porta da casa, mas a senhora que tocava mandou-o rapidamente embora.

Quando jovem, Philip costumava ensinar música e para isso colocava um instrumento na sua carroça enquanto visitava lugarejos distantes da cidade.
Em 1864, foi para Chicago trabalhar para o Dr. George Root, um músico, e, dono Itálicode uma voz muito possante, conduziu institutos musicais e compôs hinos para a escola dominical, um deles o "Oh! repete mais uma vez tão belas novas de amor!" (Wonderful words of life!).

Participando como escritor de hinos e solista nas campanhas evangelísticas de Dwight L. Moody, Philip escreveu Let the lower lights be burning baseado em uma ilustração que o famoso pregador gostava de contar em seus sermões, de que Jesus é o grande farol no mar da vida, e os crentes são pequenas luzes (lower lights) colocadas no mar para sinalizar a entrada do porto.

Em 1876, viajando de trem, uma ponte quebrou e o trem caiu no abismo. Philip Paul Bliss escapou, mas perdeu a vida tentando salvar sua esposa dos destroços em chamas. Dos 160 passageiros, 92 perderam a vida. Na sua maleta chamuscada pelo fogo foi encontrado um de seus manuscritos, tido como o único no qual Philip não colocou música: I will sing of my Redeemer, um dos primeiros hinos gravados pela invenção de Thomas Alva Edison.

Fonte: diversas

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A tradução livre, é do "Salmos e Hinos", o primeiro hinário brasileiro.


Outros hinos de Philip Paul Bliss:

- Dá tempo à tua alma, não deixes de orar
- Todo o que ouve as novas, queira proclamar
- Oh! repete mais uma vez tão belas novas de amor
- Meu irmão, procura ser como Daniel
- Cai a semente quando há frescor
- Camaradas, a divisa mostra-se no céu (música)
- Ó vem encontrar-me à fonte! (música)

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Link:

O hino cantado com a projeção da letra no original inglês:

http://www.youtube.com/watch?v=TqlYDP0cyyU&playnext=1&list=PLF2532BF18D43857F&index=5

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domingo, 7 de novembro de 2010

Que bondoso amigo é Cristo!

What a friend we have in Jesus! - Vilken vän vi har i Jesus!

342 - Que bondoso amigo é Cristo!/ Revelou-nos Seu amor/ E nos diz que Lhe entreguemos/ Os cuidados, sem temor./ Falta ao coração dorido/ Gozo, paz, consolação?/ É porque não insistimos/ Com Jesus em oração.

Andas triste e carregado/ De pesares e de dor?/ A Jesus, refúgio eterno,/ Vai, com fé, teu mal expor./ Teus amigos te desprezam?/ Conta-Lhe isso em oração;/ E do Seu amor supremo/ Encherás o coração.

Cristo é verdadeiro amigo!/ Disso prova nos mostrou,/ Para nos salvar da morte/ Sobre a cruz Ele expirou./ Derramou precioso sangue,/ Para as manchas nos lavar;/ Paz em vida e no futuro/ Já podemos alcançar!

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Joseph Medlicott Scriven (1819-1886) descobriu cedo na vida o quanto precisava da presença de Cristo. Nascido na Irlanda, quando jovem antecipou com alegria casar-se com uma jovem a quem escolhera para ser sua esposa. No dia anterior ao seu casamento sua noiva morreu afogada.

Na sua solidão e tristeza, ele deixou a ilha de Emerald e emigrou para o Canadá quando tinha vinte e cinco anos. Outra vez, ficou noivo e perdeu, semanas antes de casar-se, aquela que seria sua esposa depois de uma breve enfermidade.

A solidão continuou a ser sua companheira, e também a pobreza e a preocupação por sua própria saúde. Ele passou o resto de sua vida ajudando a pessoas fisicamente incapazes e aos necessitados de modo geral. Muitas vezes compartilhou seu próprio alimento com os pobre e mesmo deu a eles as suas roupas.

Mas todas essas boas obras, que marcaram a história de sua vida, jamais teriam sido conhecidas se Joseph um dia não tivesse escrito este hino para confortar sua mãe distante, durante um tempo em que ela enfrentava uma séria doença. Dez anos antes ele a beijara ao dizer adeus, e agora não podia estar ao seu lado. Escreveu-lhe então as palavras deste hino, relembrando-a do infalível amigo, Jesus Cristo.

As imortais palavras de Scriven permaneceram desconhecidas até um dia quando apareceram em uma publicação que foi vista por um advogado e compositor de origem alemã, Charles Converse. Aquelas palavras simples deram asas de inspiração ao compositor e assim o hino de Scriven alcançou o mundo inteiro.

A mensagem de conforto de um filho, para uma mãe distante, têm-se tornado um hino amado e cheio de conforto para milhões de cristãos. Em 1990, por ocasião da pesquisa de um jornal sobre os hinos mais populares, o "Que bondoso amigo é Cristo" (What a friend we have in Jesus!) alcançou o quinto lugar.

Fonte: Songs in the Night - Henry Gariepy
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Links

Ouça o hino no original inglês...

http://www.youtube.com/watch?v=3QOGygNJPtw

E sua história, em inglês (inclusive o manuscrito de Joseph Scriven):

http://www.youtube.com/watch?v=p0fixvijYu8&feature=related

E na versão de Robert Hawky Moreton, de 1917:

http://www.youtube.com/watch?v=3Mb9gOdbHu0&p=B91155CEA7D84E6C&playnext=1&index=10

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terça-feira, 2 de novembro de 2010

Se paz a mais doce... Sou feliz com Jesus.

It is well with my soul = Tudo bem com a minha alma

346 - Se paz a mais doce me deres gozar,/ Se dor a mais forte sofrer,/ Oh! seja o que for, tu me fazes saber/ Que feliz com Jesus sempre sou!

Sou feliz com Jesus, sou feliz com Jesus, meu Senhor!

Embora me assalte o cruel Satanás/ E ataque com mil tentações,/ Oh! certo eu estou, apesar de aflições,/ Que feliz eu serei com Jesus!

Meu triste pecado, por meu Salvador,/ Foi pago de um modo cabal;/ Valeu-me o Senhor, oh! mercê sem igual!/ Sou feliz! Graças dou a Jesus!

A vinda eu anseio do meu Salvador,/Virá conduzir-me ao Lar:/ O céu, onde vou para sempre morar/ Com remidos na luz do Senhor!

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Depois do grande incêndio em Chicago, em 1871, Horatio Spafford (1828-1888), um advogado daquela cidade, decidiu que seria benéfico para sua família fazer uma viagem marítima à Europa. Seu plano era unir-se mais tarde à sua mulher e às suas quatro filhas.

O navio em que sua querida família embarcou era o Ville du Havre que, infelizmente, não foi além do meio do Atlântico.

No meio da noite, chocou-se com outro navio e partiu-se em dois. Na confusão do desastre, a Sra. Spafford viu suas quatro filhas serem engolidas pelas águas do mar. Um pedaço do mastro do navio atingiu-lhe a cabeça e uma onda depositou seu corpo inconsciente em um pedaço de madeira. Itálico

Mais tarde, recobrando a consciência, com outros sobreviventes atingiu o País de Gales. E de lá, por telégrafo, mandou duas palavras somente para o seu marido: "Salva sozinha"...

Embarcando no primeiro navio, Horatio apressou-se a ter com sua mulher. Quando o navio em que embarcara aproximou-se do exato lugar onde o Ville du Havre afundara, Deus deu-lhe a inspiração e a coragem para escrever este hino, cuja tradução literal abaixo transmite-nos o verdadeiro sentimento daquele pai, homem de fé, diante de seu infortúnio. ("Songs in the night")

Quando a paz, como um rio, atravessa o meu caminho/ Quando tristezas como as ondas do mar me inundam/ Seja o que for a minha porção, Tu me ensinas que tudo está bem com a minha alma.

Tudo está bem, tudo está bem com minha alma.

Ainda que Satanás me ataque, se provações me vêm/ Que eu deixe esta segurança controlar-me:/ Cristo já considerou a minha triste situação,/ E derramou o Seu próprio sangue pela minha alma.

Para mim, portanto, viver é Cristo daqui pra frente./ Se o Jordão acima de mim rolar,/ Nenhuma dor intensa provarei,/ Pois na morte e na vida Tu hás de sussurrar paz para a minha alma.

Senhor, é por Tua vinda que nós esperamos/ O céu, e não o túmulo, é o nosso alvo./ Ó trombeta do anjo, ó voz do Senhor,/ Esperança e descanso abençoados da minha alma!



















Anna, de origem norueguesa, teve mais filhos depois do acidente, duas meninas e um menino que morreu ainda pequeno. As palavras de seu telegrama, "Salva sozinha", tem sido usada ilustrando a situação de pessoas que são as únicas crentes na família, sendo os demais descrentes. Horatio nos últimos anos de sua vida trabalhou em assistência social, em nome de Jesus, entre muçulmanos e judeus, tendo sido enterrado em Jerusalém. (Google)
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Philip P. Bliss (1838-1876), o compositor da belíssima melodia do hino, era um pregador batista, cantor e prolífico escritor de hinos espirituais. Tão impressionado ficou com a experiência de Spafford, que se apressou a compor uma música para o hino. Foi publicado no Sankey-Bliss Hymnals, Gospel Hymns n. 2. Pouco depois de compor a música de It is well with my soul, o próprio Bliss morreu em um acidente de trem, com 38 anos.

Outros hinos do mesmo compositor:

- Dá tempo à tua alma, não deixes de orar
- Todo o que ouve as novas queira proclamar
- Oh! repete mais uma vez tão belas novas de amor
- Nas tormentas desta vida perto está a perdição
- Firme e corajoso como Daniel

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Link

O hino cantado, com fotos e relatos:

http://www.youtube.com/watch?v=T8_EfDqF7YI

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Dois oportunos hinos-oracões pela PÁTRIA


Aconteceu novamente, desta vez na manhã do dia 17 de outubro de 2010, quando a pouca neve que caiu durante a noite "desenhou" na frente de nosso prédio o mapa do Brasil.
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Aproveitando-me disso, e das eleições em segundo-turno para eleger quem ocupará o cargo de Presidente da Nação, acho oportuno orar pela Pátria Brasileira. Dois hinos-orações, de um mesmo autor, poderão ajudar-nos nesta sublime tarefa, que pode ser

lê-las em silêncio em tom de oração,

cantar os hinos com músicas que lhes sejam apropriadas,

recitá-las na sua igreja, escola, associação ou clube,

ensaiar um grupo que delas faça um jogral

ou usá-las de outra forma que bem lhe pareça,

pedindo a Deus a favor do BRASIL.

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Ó Pátria minha amada,
Brasil dos sonhos meus:
Dirija o teu destino
A mão do Eterno Deus!
Que brilhe em teu caminho
A refulgente luz
Do amor e da verdade,
Da glória de Jesus.

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Que o Pai dirije e guarde
A vida nacional;
Nos livre de perigos,
Pecado e todo o mal!
A quantos que governam
Conceda seu favor,
E guie em paz o povo
Na senda ideal do amor!

*

O Deus Onipotente
Não cesse de abençoar
O pai, a mãe, os filhos,
O rico e o pobre lar!
O obreiro em seu trabalho,
O mestre, o moço, o ancião,
Alcancem cada dia
Divina proteção.

*

Jesus, protege sempre
O povo do Brasil,
E desçam sobre a terra
As tuas bênçãos mil!
A gratidão nos leve
A erguer-te o coração,
Em culto fervoroso,
Em santa adoração!

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Formosa Pátria, belo chão fecundo,
Servir-te quero com amor veraz.
Que sejas sempre, neste Novo Mundo,
Um elo imenso de amizade e paz!

*

Coro
Deus te dirija e guarde, ó meu Brasil!
De sua graça tenhas bênçãos mil.

*

Querida terra, desde a tua aurora,
Abençoada foste pela Cruz
Que tenhas no evangelho, tempo em fora,
O teu roteiro, rumo de Jesus!

*

Teu povo seja arauto da verdade,
Exemplo nobre de fraterno amor,
No peito tendo o amor da liberdade,
Levando n´alma a lei do Redentor

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O primeiro hino é o de número 500 do Cancioneiro Salvacionista.
Ambos constam no Hinário Episcopal (edição de 1962).

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O autor de ambos os hinos:

ATHALÍCIO THEODORO PITHAN
(1898-1965)


Natural de Santa Maria-RS, foi o primeiro bispo brasileiro da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, cuja sagração se deu em 1940.



Participou do primeiro congresso da Igreja, em 1960, realizado em Porto Alegre-RS. Na foto, com o Governador Leonel Brizola, que compareceu a um dos cultos do congresso.


O coral do congresso do qual participei (ao fundo, com 16 anos).
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Fotos: Livro "A Igreja Episcopal no país do futuro"
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Nota
Ainda me recordo do dia em que o Bispo Athalício Pithan, que era amigo de meu saudoso pai, visitou nossa casa; e também vagamente de ouvi-lo pregar.
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Link:

A igreja da minha infância e início da juventude:

http://paulofranke.blogspot.com/2007/12/blog-post.html

Divino Oleiro / Tua vontade faze, ó Senhor!

Have thine own way, Lord - Tahtosi, Herra, tapahtukoon.


Divino Oleiro, eis o meu ser,
Qual vaso frágil em Teu querer;
Molda e transforma meu coração
Para servir-Te com devoção!


266 - Tua vontade faze, ó Senhor!/ Eu sou feitura, Tu és o Autor./ Molda e refaze todo o meu ser/ Segundo as normas do Teu querer.


Tua vontade faze, ó meu Deus!/ Sonda e corrige os passos meus./ Torna-me santo como Tu és,/ Ouve os meus rogos, eis-me a Teus pés!


Tua vontade faze, ó meu Pai!/ Por ela o crente vive e não cai./ Guia-me a vida com Tua luz,/ Poder e graça dá-me em Jesus.


Tua vontade, boa e sem par,/ Quero na vida realizar./ Vive, triunfa, domina, enfim,/ Reina supremo, meu Deus, em mim!


- Hinário Evangélico



Letra: Adelaide Addison Pollard
Música: George C. Stebbins (outros hinos do mesmo compositor: "Nunca falha, nunca falta"/"Cristo te chama com mui terno amor"/"... E estarmos ali, que será?")


Nota: A tradução do hino, de Antonio Almeida, é bastante livre. No inglês, "Have thine own way, Lord", a idéia é que a vontade de Deus prevaleça à nossa própria. O coro, isolado, muito conhecido mas de autor desconhecido, enfatiza a idéia de Deus ser o oleiro e nós os vasos, contida somente na primeira estrofe do hino original em inglês.



Adelaide A. Pollard (1862-1934) participava de uma reunião de oração, mas estava tão depressiva que quase não podia concentrar-se no que se passava ao redor. No seu coração havia um peso do chamado que sentia para ser missionária na África. Estava em um sentido pronta para embarcar, mas não tendo o dinheiro suficiente seu plano teve de ser cancelado. Até que algumas palavras infiltraram-se no estado sombrio de sua mente: "Tudo bem, Senhor! Não importa o que tragas para a nossa vida; faze a Tua vontade!" De repente, tendo dito isso, sentiu que seu peso desaparecera e na submissão à vontade de Deus sentiu paz.


Retornando à sua casa, meditou na história do vaso e do oleiro, encontrada em Jeremias 18:3-4: Desci à casa do oleiro, e eis que ele estava entregue à sua obra sobre as rodas. Como o vaso, que o oleiro lhe fazia de barro, se lhe estragou na mão, tornou a fazer dele outro vaso, segundo bem lhe pareceu. (Edição revista e atualizada no Brasil)


As palavras pareciam descrever as experiências de sua própria vida. Nascida em Iowa em 1862, havia sido treinada para ensinar em uma escola feminina. Havia sido também uma talentosa escritora de artigos religiosos e também de hinos. Se interesse, porém, era o evangelismo; assim viajou por todo o país e falou para diversos grupos em numerosas igrejas.


Desde cedo sentiu um forte chamado para o campo missionário, inclusive ensinou em um instituto de treinamento para os que iam para além-mar, esperando que ela também pudesse ser uma missionária. E agora parece que Deus a desertava. "Talvez meus questionamentos sobre a vontade de Deus esteja revelando defeitos na minha vida", pensou. "E Deus tem decidido quebrar-me, como o oleiro quebra o vaso defeituoso e então moldará minha vida outra vez segundo o seu próprio modelo." E assim nasceu o hino que tem abençoado milhares de crentes que anelam por uma vida espiritual de acordo com a vontade de Deus.


No tempo certo de Deus, Ele permitiu com que Adelaide Pollard ministrasse na África. Passou também diversos anos na Inglaterra durante a Primeira Guerra Mundial, até que retornou ao seu ministério na América. Adelaide continuou falando publicamente até quando completou 72 anos, quando, dirigindo-se a um outro compromisso, adoeceu em uma estação ferroviária em Nova York e logo morreu.


Assim terminou a vida notável de uma frágil e pequena mulher que era tão modesta que assinava seus hinos somente com as suas iniciais. Acima de tudo, ela aprendera que Deus usa a pessoa que sinceramente ora: "Tua vontade faze, ó Senhor!"


Fonte: Crusader Hymns and Hymn Stories by the Billy Graham team.



Foto Google
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Ouça o hino com as palavras originais em inglês:
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http://buyadelaide.com/video/ioJf4EpVdU8/Have-Thine-Own-Way-Lord-with-Lyrics.html



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Próxima postagem:


Um oportuno hino que é uma oração pela Pátria Brasileira.


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sábado, 16 de outubro de 2010

Quando enfim do céu descendo/Quando se fizer chamada

Um hino tradicional que entoado de forma ritmada fica mais bonito e atraente! Experimente cantá-lo dessa forma em sua igreja!




Na década de 60, um grupo de jovens oficiais do Exército de Salvação (The Salvation Army) da Inglaterra, foi formado pela então Capitã Joy Webb, e começou a cantar músicas espirituais e hinos ritmados, com guitarras e bateria. Tal foi a sua aceitação, principalmente pela juventude das igrejas e mesmo pelo público em geral, que o grupo salvacionista Joy Strings (Cordas da Alegria) chegou a ficar nas paradas de sucesso do país.

Em 1973, conheci Joy quando ela, com seu pesado violão, dirigia-se ao Colégio Internacional de Oficiais, em Sydenham Hill, Londres. Quando a vi dirigindo-se ao mesmo lugar do que eu, apressei-me a carregar seu violão na longa subida, conversando sobre a aceitação que suas músicas estavam tendo no Brasil. E no concerto que com um novo grupo fez no Colégio naquela noite, após ouvir lindas músicas, conversei também com o baterista do Joy Strings, um arquiteto interessado em que eu falasse sobre a arquitetura de Oscar Niemeyer em Brasília, nossa "nova capital", falando-me de seu sonho de conhecer nosso Distrito Federal. Como em 1971 e parte de 1972 eu havia trabalhado em Brasília, pude falar sobre o assunto. Conto isso porque o hino, cuja história leremos hoje, foi um dos sucessos ritmados do grupo, When the roll is called up yonder, que por muitos anos guardei em disco compacto 45rpm.

Quando comecei o International Open Gospel Choir no ano 2000, logo ao chegarmos à Finlândia, por muitas edições do coral o When the roll is called yonder foi cantado e aplaudido, por sua mensagem vibrante e pelo ritmo moderno com o qual o cantávamos animadamente.

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När den evigt klara morgon/ Kohta valkenee jo Herran päivä

82 - Quando, enfim, do céu descendo,/ Para os Seus Jesus voltar/ E o clarim de Deus a todos proclamar/ Que chegou o grande dia/ Da vitória do meu Rei,/ Lá, por Sua imensa graça, estarei!

- Quando, enfim, chegar o dia/ Da vitória do meu Rei,/ Quando, enfim, chegar o dia,/ Pela graça de Jesus lá estarei!

Nesse dia, quando os mortos/ Hão de a voz de Cristo ouvir/ E dos seus sepulcros hã,o de ressurgir,/ Os remidos, junto ao trono,/ Vão saudar o excelso Rei./ Lá, por Sua imensa graça, estarei!

Pelo mundo, rejeitado/ Foi Jesus, meu Salvador,/ Desprezaram, insultaram meu Senhor./ Mas faustoso vem o dia/ Do triunfo do meu Rei./ Lá, por Sua imensa graça, estarei!

Em mim mesmo nada tenho/ Em que possa confiar,/ Mas Jesus morreu a fim de me salvar;/ Tão somente nEle espero,/ Pois é meu glorioso Rei./ Aleluia, pela graça lá estarei!

Nota:

Este hino, originalmente do "Salmos e Hinos" (o primeiro hinário do Brasil), foi traduzido por Henry Maxwell Wright. Embora bonita a poesia, falha por omitir a idéia central do seu autor. "Quando se fizer chamada", conforme cantado pelo "Cantor Cristão", é mais fiel ao When the roll is called up yonder, cuja história passamos a ler adiante:Negrito

James Milton Black (1865-1938), um professor de escola dominical, certa vez encontrou Bessie, a filha de um alcoolista, sentada na escada quebrada de sua casa também quebrada, em Williamsport, Pennsilvânia. Olhando para a menina, perguntou-lhe: "Você gostaria de vir à nossa escola dominical?" Sua resposta relutante foi: "Sim, eu gostaria de ir, mas..." "Eu compreendo", respondeu Black.

No dia seguinte enviou-lhe um pacote de roupas, incluindo um vestido e sapatos novos. Bessie veio naquele domingo e frequentou a escola dominical por muitas semanas.

Black tinha por costume fazer a chamada dos seus alunos, os quais respondiam com um versículo bíblico, o que Bessie prontamente fazia como os demais alunos.

Certo domingo, entretanto, quando fez a chamada, a menina não respondeu. Pensando que ela não ouvira, chamou-a novamente. Novamente, nenhuma resposta. Soube, então, que Bessie ficara doente e que os médicos deram-lhe pouca esperança de sobreviver.

Voltando para casa, veio-lhe o pensamento de que talvez Bessie nunca voltaria à escola dominical. Como era pianista, e com muitos hinos publicados, lembrando-se da menina foi inspirado na sua ausência a uma outra chamada, à chamada celestial no além. Logo música e palavras jorraram de sua mente e o novo hino estava pronto em somente meia hora.

Dez dias depois, Bessie morreu de pneumonia. O hino de Black alcançou muitos corações com sua mensagem de que devemos estar prontos a dizer "Presente!" - Lá estarei! I'll be there! - quando o nosso nome for pronunciado ao ser aberto o rol dos salvos no além.

Fonte: "Songs of Faith" (Henry Gariepy)

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O hino, cantado de forma vibrante por um coral americano:

http://www.youtube.com/watch?v=7juqA94p3MM