quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Rude cruz se erigiu / Sobre o monte Calvário

The old rugged cross - På en avlägsen höjd - Ristin jylhän mä kaukana



72

Sobre o monte Calvário eu vi uma cruz,/Qual emblema de afronta e dor./Mas eu amo essa cruz, pois morreu lá Jesus,/Em lugar do mais vil pecador.


Coro - Sim, eu sempre amarei essa cruz!/Seu triunfo meu gozo será,/E um dia , em vez de uma cruz,/A coroa Jesus me dará.

Onde Cristo Jesus o Seu sangue verteu,/Formosura encontro sem par./Triunfante ali Ele a morte venceu/ E meu ser pode santificar.

Sempre fiel eu serei à visão dessa cruz,/Seu desprezo também levarei./E um dia feliz, com os santos na luz,/Sua glória eu sempre verei.

Essa cruz sem igual que o mortal desprezou,/Para mim foi de grande atração./E o Cordeiro de Deus que a glória deixou,/Conquistou-me na cruz salvação.




George Bennard (1873-1958), nasceu no estado de Ohio, EUA. Quando tinha 16 anos, George necessitou profundamente de uma grande força para ajudá-lo nas responsabilidades familiares após a morte de seu pai. Essa força sustentadora encontrou em Jesus, através do Exército de Salvação, onde se converteu. Juntou-se ao grupo salvacionista inclusive tornando-se oficial (pastor), onde serviu por alguns anos. O Capitão George Bennard, no entanto, já casado, demitiu-se em 1910, tornando-se ministro da Igreja Metodista Episcopal.


Segundo Bennard, a melodia nasceu antes das palavras e entre elas transcorreu um grande intervalo de tempo. Sua inspiração para escrever o hino chegou-lhe através de reuniões de avivamento que realizou no meio-oeste. Nessa ocasião foi ridicularizado e sofreu muita oposição, considerando sua experiência uma verdadeira crucificação. Mais tarde recordaria: "As palavras do hino foram colocadas dentro do meu coração em resposta à minha própria necessidade".



George cantou o hino pela primeira vez em uma reunião caseira na presença de duas pessoas, um pastor e sua esposa. Quando acabou de cantar, disse-lhe o pastor: "Irmão Bennard, este hino viverá!" E acrescentou: "Contribuirei financeiramente para que você o publique." A profecia foi cumprida e o hino alcançou tremenda popularidade, sendo traduzido para muitos idiomas. Foi cantado publicamente, por um coral, pela primeira vez, em uma convenção interdenominaciona em Chicago. Rapidamente, a congregação aprendeu-a, cantando "A velha rude cruz" com lágrimas nos olhos naquela que foi uma reunião de renovação e consagração.



Em 1958, com oitenta e seis anos, em Reed City, Michigan, George Bennard "trocou sua cruz por uma coroa".






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Links:

- Letra original em inglês:

http://www.youtube.com/watch?v=CltrLsjsQl0

- Pat Boone canta "The old rugged cross":


http://www.youtube.com/watch?v=qweIMge2hjs&p=28DCB3E29BAC1AD8&playnext=1&index=40


- Aline Barros canta "Rude cruz", a versão mais conhecida no Brasil:


http://www.youtube.com/watch?v=ixdgrhaZ0Hw

sábado, 25 de setembro de 2010

Castelo Forte é nosso Deus / O Hino da Reforma

Ein fest Burg / A Mighty Fortress is our God / Vår Gud är oss en väldig borg / Jumala ompi linnamme


376

Castelo forte é nosso Deus, Espada e bom escudo;
Com Seu poder defende os Seus Em todo transe agudo.
Com fúria pertinaz, Persegue Satanás, Com ânimo cruel; Astuto e mui rebel, Igual não há na terra.

A força do homem nada faz, Sozinho está perdido;
Mas nosso Deus socorro traz traz Em Seu Filho escolhido. Sabeis quem é? Jesus, O que venceu na cruz, Senhor dos altos céus; E, sendo o próprio Deus; Triunfa na batalha.

Se nos quisessem devorar Demônios não contados, Não poderiam dominar Nem ver-nos assustados. O príncipe do mal, Com seu plano infernal, Já condenado está; Vencido cairá Por uma só palavra.

De Deus o Verbo ficará, Sabemos com certeza, E nada nos perturbará Com Cristo por defesa. Se temos de perder, Família, bens, prazer, Se tudo se acabar E a morte nos chegar, Com Ele reinaremos.

Obs.: Cada letra maiúscula indica o início de nova linha na estrofe.
Tradução: Jacob Eduardo von Hafe


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O ano de 1525 foi muito difícil para Martinho Lutero. Foi a hora mais sombria e crucial de seu movimento. Doença, desespero e perigo tomaram conta dele.

Vinte anos antes havia pregado na porta da Catedral de Wittenberg, Alemanha, suas 95 teses (reclamações) contra os abusos da Igreja Romana daqueles dias, incluindo a venda de indulgências que prometiam às pessoas a saída do inferno se elas dessem dinheiro para a reconstrução da Igreja de São Pedro, em Roma.

Aquele corajoso ato, baseado nas Escrituras, deu ignição à Reforma, apoiada pela justificação não por obras mas pela fé e sacerdócio de todos os crentes. Pelo seu ato, Lutero foi excomungado pelo papa.

Em depressão, voltou-se para dois de seus mais efetivos antídotos: a música e as Escrituras. Escreveu hinos, traduziu a Bíblia para a linguagem do povo e restaurou a prática do canto congregacional. Permitiu inclusive que as mulheres cantassem em público, um privilégio que havia sido banido para elas por mil anos. Muitas vezes, quando assaltado por Satanás, ele o vencia ao cantar um hino.

Naquele ano de profunda depressão, Lutero voltou-se para o Salmo 46: "Deus é o nosso alto refúgio e fortaleza, socorro bem presente na tribulação". E foi inspirado a escrever um dos hinos mais fortes em sua mensagem, o majestoso "Castelo forte é nosso Deus". E logo o hino tornou-se "a Marselhesa da Reforma", sendo cantado até nas ruas, inclusive por exilados e por mártires protestantes.

Através dos escritos de Martinho Lutero, de suas traduções da Bíblia e de seus hinos, foram estabelecidos os fundamentos que para sempre mudaram a história religiosa do mundo.

"Castelo Forte" foi cantado no funeral do Reformador Martinho Lutero (1483-1546).

Podemos não conhecer o tipo de furiosa oposição que Lutero enfrentou, mas diante dos nossos problemas e adversidades, o Senhor poderá ser também o nosso refúgio e fortaleza, um socorro bem presente nas tribulações.

Fonte: "Songs in the Night" (Henry Gariepy)

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Fotos:

1. Manuscrito de "Castelo Forte"
na escrita de Lutero.

2. Estátua do Reformador no centro de Eisleben, cidade onde nasceu e morreu.
Na igreja ao fundo, sentiu-se mal ao pregar e prometeu voltar a fazê-lo, o que não aconteceu.

3. Na cidade de Wittenberg,

Ein fest Burg (Castelo Forte)
circunda a torre de uma igreja.


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Link

Hino "Castelo Forte" (versão moderna), pelos Vencedores por Cristo:

http://www.youtube.com/watch?v=PG4_XncMR6k

"Ein fest Burg" no original alemão:

http://www.youtube.com/watch?v=rOm1_ta4rGI&feature=related

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Se houver interesse, leia a respeito de minhas raízes na Alemanha, em uma cidade, Hettstedt, a 14km da cidade onde nasceu Lutero. Veja também fotos de Eisleben e Wittenberg, inclusive a Porta das Teses.

http://paulofranke.blogspot.com/2006/07/minhas-razes-i.html

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Tal qual estou, eis-me Senhor!

Just as I am, without one plea

Testemunho do evangelista Billy Graham sobre o hino:


Quando me converti em 1937, durante o ministério do evangelista Mordecai Hamm, Deus usou este hino para trazer-me à salvação. Usamos este hino em quase cada apelo em nossas cruzadas, pois mostra à pessoa a idéia exata:

Deus nos aceita como somos e estamos. Não porque somos "bons e decentes" ou por causa de nossas "boas obras". Ao irmos a Cristo, não devemos esperar até termos endireitado nossas próprias vidas. O menor melhoramento que possamos fazer ainda assim não nos fará mais aceitáveis perante Ele. Deus nos ama assim como somos e devemos ir a Ele dessa forma.

Quando eu apresentar minhas "credenciais" para entrar nos portões do céu, elas não significarão nada, mesmo o fato de eu ter viajado pelo mundo inteiro pregando o Evangelho, mas repetirei as palavras deste hino, que me ajudou a converter-me a Jesus Cristo.

(Crusader Hymns and Hymn Stories)

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210 -
Tal qual estou eis-me, Senhor, /Pois o Teu sangue remidor /Verteste pelo pecador;/
Ó Salvador, eu venho a Ti!

Tal qual estou e sem poder/A tua lei satisfazer /E sem cumprir o que é mister,/Ó Salvador, eu venho a Ti!

Tal qual estou, vou confiar,/Só Tu me podes transformar /E pela graça me salvar; /Ó Salvador, eu venho a Ti!

Tal qual estou, perdão me dás/E minha alma limparás. /Meu coração tem plena paz; /Ó Salvador, eu venho a Ti!

Música: W.B.Bradbury - 1849
Outros hinos do mesmo compositor:
197 - Ah! que música toando enche os ares
283 - Bendita a hora de oração
319 - Em nada ponho a minh fé
374 - Nós marchamos para aquele bom país
395 - Sou feliz, vitorioso ao lado de Cristo!

Tradução: William Edwin Entzminger

Sång 222 - Just som jag är - Laulukirja 34 - Käyn tällaiseena turviisi

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A inválida rebelde


Charlotte Elliot nasceu em Clapham, Inglaterra, a 18 de março de 1789. Entre os seis filhos que nasceram, de uma família de certa cultura e tradição ministerial, Charlotte foi a terceira. Dois irmãos, um tio e um avô foram pastores.

Apesar de criada nesse ambiente, Charlotte era muito rebelde. Não gozava de boa saúde e durante muitos anos foi uma pessoa quase inválida. Talvez por causa de seus muitos sofrimentos, cultivou um espírito de rebeldia e ceticismo quanto à religião. "Se Deus me amasse não teria me tratado desta maneira", assim se queixou certa vez.

Deus, porém, age muitas vezes de maneira misteriosa e, assim, a inválida rebelde tornou-se mais tarde a autora de mais de 150 hinos! Deus usou os sofrimentos de Charlotte e os transformou em uma experiência gloriosa que ajudou a abençoar milhares de pessoas, em toda a parte do mundo, com seus hinos.

O espírito rebelde de sua filha muito perturbou o Dr. Elliott que, em uma tentativa de ajudar Charlotte, já com 33 anos, convidou, em 1822, o famoso líder da hinologia francesa, Dr. Cesar Malan, a vir à sua casa. Repudiado por ela ao tentar falar-lhe sobre religião, não insistiu, mas disse: "Não insisto em falar nisso, mas orarei para que você entregue o seu coração a Cristo e que se torne uma grande obreira em Sua causa."

Duas semanas depois, ela mesma procurou o Dr. Malan para discutir o assunto. "Que devo fazer para ser crente?", perguntou-lhe. "Deve entregar-se a Deus tal como está!"- respondeu. "Mas será que Deus me recebe tal como estou?", perguntou novamente pensando em sua rebeldia, em seus temores, no ódio e no rancor que tinha em seu coração. "Sim, tal qual está!", respondeu-lhe ainda o doutor. As palavras "tal qual estou" ficaram gravadas na mente de Charlotte e ela, ajoelhando-se juntamente com o Dr. Malan, dedicou ao altar de Deus todo o seu grande talento literário.

Charlotte Eliott morreu a 22 de setembro de 1871, com 82 anos de idade. Dos 150 hinos que escreveu nenhum atingiu a popularidade do "Tal qual estou!"

Um dos irmãos de Charlotte, que era pastor, disse: "Em todas as pregações, não tenho conseguido realizar tanto quanto minha irmã com seu hino "Tal qual estou!". Dwight L. Moody, famoso evangelista, assim afirmou: "Este hino tem feito mais para o maior número de pessoas e tem alcançado mais vidas de uma maneira benéfica do que qualquer outro hino".

Fonte: "Se os hinos falassem", de Bill H. Ichter.

Do autor do blog: Corroboro as palavras de Moody ao lembrar-me do que vi tantas vezes, através dos programas de Billy Graham na TV: multidões aproximando-se do altar ao som do hino em questão. O mesmo aconteceu quando muitos de nós vimos, ao vivo, no Estádio São Paulo, por ocasião da cruzada do grande evangelista no Brasil em 1979, multidões aproximando-se do centro do gramado ao som de "Tal qual estou, eis-me Senhor!"

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Link
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B.J. Thomas canta "Just as I am without one plea"

http://www.youtube.com/watch?v=1RXdLGUKma0&feature=related

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Próxima postagem:

Castelo Forte é Nosso Deus /Ein Feste Burg/"A Marselhesa da Reforma"

(com o manuscrito original de Martinho Lutero)

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Amazing Grace! - Que surpreendente graca!

Conheca a impressionante história de um dos hinos mais populares cantados no mundo, o qual influenciou o fim do tráfico de escravos:
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Ouca a melodia pela Royal Scots Dragon Guards:
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Outros intérpretes (ver youTube):
Leann Rimes, Elvis Presley, Mahalia Jackson etc.
Em português, diversas versões e intérpretes.

domingo, 5 de setembro de 2010

Quero, Jesus, que me dês um coração/Mais, mais de Cristo



Em janeiro de 1966, tornei-me oficial (pastor) do Exército de Salvação e recebi como primeira nomeação dirigir o Corpo de Joinville-SC, situado naquele tempo na chamada zona alemã da cidade. Meu sobrenome alemão contribuiu para que o líder nacional naquele tempo, Coronel Bruno Behrendt - um alemão que fora missionário desde jovem no Brasil - para lá me nomeasse, um trabalho que ele mesmo fundara na década de 30.

Eu era o tenente oficial dirigente do Corpo (igreja), na foto pequena, que ficava na rua Jaraguá, e o capitão Henrique Köhler era o diretor do Lar de Meninos, que ficava ao lado, na esquina com a rua Dr. João Colin (ver nota abaixo).

Recordo-me de cada "frau" da Liga do Lar (Heimbund), pois era uma das minhas atividades assistir as suas reuniões em idioma alemão a cada semana, dirigidas pela fiel Helene Kurzawe. E com meu violão acompanhava os seus hinos, cantados com hinários antigos vindos da Alemanha e, para "facilitar", em alemão gótico!! E tudo isso sem falar o idioma. Ainda me recordo do hino que mais gostava de cantar naquelas reuniões, que falava de neve quando eu nunca vira neve e nem sonhava que se tornaria parte de minha vida futura na Finlândia. Somente muitos anos mais tarde aprendi o hino em português.





Give me a heart, Lord,

that is whiter

than snow.

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449 - Två mig o Herre så

vit såsom snö .









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Hino 273

Tradução para o português:

Carl S. Eliasen










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ELIZA E. HEWITT (1851-1920), autora deste lindo hino, foi uma presbiteriana muito preparada para a sua época. Professora graduada, um dia um estudante problemático golpeou-a com uma pedra causando-lhe dano à coluna vertebral. Devido à lesão, esteve um tempo acamada e teve problemas nas costas para o resto da vida.
Para manter-se ocupada, estudou literatura inglesa e começou a escrever poesias. Algumas delas chegaram às mãos de John R. Sweney, que nelas colocou melodias. Tanto ele quanto William J. Kirkpatrick publicaram os primeiros hinos desta talentosa mulher, sendo que o último compôs a música para este hino que a tantas pessoas sequiosas de vida espiritual profunda tem abençoado e ajudado.

Fonte: Tesouros olvidados / Buenas Notícias!
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Vinde agora e vamos raciocinar juntos, diz o Senhor. Ainda que vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmim se tornarão como a lã.
(Isaías 1:18 - Bíblia traduzida em português das línguas hebraico e grego)
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Outros hinos conhecidos de Elisa E. Hewitt:
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253 - Mais de Cristo eu quero ver
327 - Jamais me deixar, jamais me deixar (coro)
339 - Em minh'alma hoje brilha o sol
When we all get to Heaven/ När vi samlas i himlen
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Nota: Henrique Köhler faleceu no primeiro semestre de 2010,
na cidade de Joinville, chamada naquele tempo de "a cidade das bicicletas".
Vendo-me na foto com ele, segurando a minha bicicleta, ocorre-me que
comecei meu ministério pedalando e concluo-o - se Deus permitir em um ano - da mesma forma, pedalando, pelo menos enquanto a neve não vem,
cobrindo todos os caminhos de branco.
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quarta-feira, 1 de setembro de 2010

FOI NA CRUZ / Glorioso vem (Bodas do Cordeiro)























Negrito
At the cross, at the cross /210 - Kylmä sydämeni / 537 - Då mitt hjärta var kallt

UM DOS HINOS EVANGÉLICOS MAIS POPULARES E AMADOS,
NÃO SÓ NO BRASIL!
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Seu autor foi HERBERT HOWARD BOOTH (1862-1926), o quinto filho de William e Catherine Booth, fundadores do Exército de Salvação. Nasceu em Penzance. Cornwall, Inglaterra. Foi educado no Allesley Park College e no Congregational Institute of Nottingham. Ajudou a estabelecer o trabalho salvacionista na França, de 1880 a 1882, período em que começou a escrever hinos. Voltando à Inglaterra em 1883, com apenas 21 anos, estabeleceu o departamento musical do Exército, e por muitos anos formou conjuntos para louvar a Deus.

Escritor inspirado, no hinário do The Salvation Army há mais hinos escritos por ele do que por qualquer outro compositor. Muitas vezes utilizou músicas populares (music-hall) para os hinos que escrevia. Um deles é o acima, "Foi na cruz, foi na cruz, onde um dia eu vi meu pecado castigado em Jesus!", hino "convertido" que ao longo dos tempos tem trazido milhares de pessoas a Cristo, a Luz do Mundo.

Seu nome consta na galeria de pioneiros do cinema evangélico - Who's who of Victorian Cinema (Quem é quem no cinema vitoriano), trabalho criativo e inovador que introduziu enquanto trabalhava na Austrália. (O Google o menciona nesta galeria e está "na fila" uma postagem neste blog a respeito de seu trabalho como um dos pioneiros do cinema, junto com outros.)

Serviu na Grã-Bretanha, no Canadá e na Austrália, fazendo inclusive conferências nos EUA, África do Sul e Nova Zelândia enquanto, ao mesmo tempo, exibia o filme "Soldados da Cruz" (Soldiers of the Cross). Em 1902 deixou as fileiras do Exército de Salvação, mas continuou um dinâmico soldado de Cristo até morrer.

No tempo de seu casamento com Cornelie Schoch, em 1890, uma colecão de 86 de seus hinos foi publicada com o nome de Songs of Peace and War (Hinos de Paz e Guerra). Veja no final desta postagem os hinos de Herbert Booth mais conhecidos no Brasil.

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GLORIOSO VEM, DIA TÃO FELIZ! (There's a golden day)


* Leia a nota abaixo sobre o quadro acima

Um dos hinos de Herbert Booth que mais aprecio é o "Glorioso vem, dia tão feliz" (There's a golden day). Antigo, mas de mensagem bem atual, fala da bíblica boda do Cordeiro, que é Jesus Cristo, sendo a Noiva a Igreja, que deve estar preparada para a Sua vinda.

Herbert Booth o escreveu, com grande inspiração, para o casamento do Comissário George Railton com Marianne Parklin, em janeiro de 1884.


Desde que comecei a tocar instrumento de sopro, no que nunca me especializei, a música do hino era escolhida para ser tocada em reuniões ao ar livre, e uma das razões era por ser fácil, bonita e de boa cadência. Quando a comissão para a revisão e inclusão de hinos no cancioneiro salvacionista reuniu-se, na década de 80, um dia apresentei a minha tradução do hino, que foi aceita e muito cantada com sucesso naqueles dias em reuniões salvacionistas. Não sei se o hino continua sendo cantado com o fervor de que me recordo, uma vez que, em agosto de 1999, minha esposa e eu fomos transferidos para a sua terra natal, a Finlândia, e o hino não consta no hinário finlandês que usamos.



Nota:

O famoso quadro "A Noiva" é da americana Dorothy Luscombe. Descrevendo-o, o ambiente é a entrada do céu, onde anjos pairam entre nuvens. No centro do quadro ergue-SE o Noivo coroado, com parte de Seu manto tinto de sangue. Logo abaixo, aproxima-se a Noiva, simbolizando a Igreja, ilustrada como uma moça comum em seu vestido nupcial.

O detalhe que mais chama a atenção é a longa e luxuosa cauda do vestido estendida para ambos os lados e cobrindo a parte inferior do quadro. Sua cor é a padrão, branca, detalhe que em si não constitui curiosidade nenhuma. O que causa o impacto visual fica por conta do "material" com que foi confeccionada: pessoas, como minúsculos flocos de neve, ou como partículas de areia, incontáveis como as da praia. São os salvos, os que "lavaram suas vestiduras e as alvejaram no sangue do Cordeiro" (Apocalipse 7:14) e que estão sendo arrebatados para o encontro do Senhor nos ares, conforme
1 Tessalonicenses 4:17. São eles que dão a branquíssima cor ao vestido e isso graças ao que está erigido no canto esquerdo do quadro: a cruz!
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Outros hinos de Herbert Booth com tradução para o português:

246 - Pelo Teu sangue, ó Cordeiro de Deus, puro serei!
247 - Quero amar-Te, pois tu pedes, ó Senhor.
389 - Eia, avante na luz de Deus.
- Sou vencedor pelo sangue do Cordeiro
- Abre as janelas celestes
- Sangue puro para me lavar

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L i n k:

Um hino de que gosto muito, baseado no "Foi na cruz"!

Seja abencoado ao ouvi-lo:

http://www.youtube.com/watch?v=iCThhRf3U_M