quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Sou forasteiro aqui, em terra estranha estou...



Cancioneiro Salvacionista 199


Cantor Cristão 207


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Sou forasteiro aqui, em terra estranha estou,/Do reino lá do céu embaixador eu sou!


Meu Rei e Salvador vos manda em Seu amor/ As boas novas de perdão.


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Eis a mensagem que me deu/ Aquele que por nós morreu:


"Reconciliai-vos já", é ordem que Ele dá,


"Reconciliai-vos já com Deus!"


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É ordem do meu Rei que todo o pecador,/ Arrependido já, confesse ao Salvador


Todo o pecado seu, pois Ele prometeu/ Dar o perdão por Seu amor.


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No meu eterno lar não há perturbação;/ Eterno gozo e paz os salvos fruirão!


E quem obedecer a Cristo vai viver/ No reino eterno do meu Rei.


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Em 1902, um homem chamado Elijah Taylor Cassel, que viveu de 1849 a 1930, deu-nos um novo e belo hino. Nascido no estado de Indiana, mudou-se com sua família em um carro puxado por bois para Nebrasca, onde completou sua educação e tornou-se médico.

Poeta amador, muitas vezes provia letras para sua esposa, Flora Hamilton Cassel, que era musicista. Juntos, produziram este hino que chamaram de "The King's Business". Em 1910, já sexagenário, deixou de praticar a medicina e tornou-se um ministro batista.
Infelizmente, um ano depois, quando o casal musou-se para Denver e quando sua esposa estava em uma carroca, de repente os cavalos se assustaram; sua saia prendeu-se em uma das rodas e ela teve um acidente sério e fatal. O sr. Cassel evantualmente casou-se outra vez e mudou-se para a California. (Google)
O hino que ambos produziram contém uma urgente advertência, aplicável a todas as épocas: "Reconciliai-vos já com Deus!" (ouça-o no link abaixo)


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Tradução - Ricardo Pitrowsky, que morreu em 1965 - 23 hinos do Cantor Cristão foram traduzidos por ele.



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Uma outra história ligada a este hino:







A foto do final dos anos 60 mostra um grupo de cadetes (seminaristas) diante do Colégio de Cadetes (seminário salvacionista) em São Paulo. Sentados, o então capitão Carl S. Eliasen e a capitã Maria Eliasen, nossos diretores.


Cada turma que ingressa no nosso seminário recebe um nome que corresponde a todas as turmas treinadas naquele ano (mais tarde dois anos) no mundo inteiro. A turma do nosso diretor, que cursou o Colégio Internacional em Londres no início dos anos cinquenta, chamava-se "Embaixadores" e ele fazia constante menção a isso. Por constar a palavra no hino do qual contamos a história hoje, o cantávamos repetidas vezes nos nossos cultos no Colégio de Cadetes.






Em 1993, já morando na Finlândia, fui a uma conferência no Colégio Internacional, em Londres, onde tive o privilégio de hospedar-me. No meu tempo livre, caminhei nos mesmos jardins onde diversos líderes do Brasil ou missionários, em décadas passadas, haviam passado, movimentando-se rapidamente para as suas de aula. Neste local o jovem Carl, brasileiro e filho de missionários dinamarqueses no nosso país, conheceu a cadete brasileira Maria, que lá estudava, e uniram suas vidas em um duradouro matrimônio. A Sra. Eliasen foi "promovida à glória" no início dos anos 2000, em São Paulo.






No grande salão nobre do histórico Colégio Internacional de Cadetes em uma parede estão expostas as centenas de bandeiras salvacionistas de cada turma que ali foi treinada. Procurei a bandeira dos "Embaixadores" (Ambassadors) e a encontrei, surpreendendo-me com o fato de a bandeira da minha turma, "Pregoeiros da Fé" (Proclaimers of the Faith), estar bem próxima à do nosso diretor.



____________ A ala masculina de uma turma de cadetes comissionada em Londres no ano de 1957. Na última fila, no meio, o general John Larsson, grande músico, compositor dos famosos musicais montados no mundo inteiro. Da mesma turma, oficiais conhecidos por terem trabalhado no Brasil: William John Jones, Ernst Hofer, meu concunhado Samuel Eliasen e John Fisk, um dos homens que Deus usou para trazer-me para o Exército de Salvação.

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A letra no original inglês:


I am a stranger here, within a foreign land; My home is far away, upon a golden strand;Ambassador to be of realms beyond the sea, I’m here on business for my King.


Refrain:


This is the message that I bring, A message angels fain would sing:“Oh, be ye reconciled,” Thus saith my Lord and King, “Oh, be ye reconciled to God.”


This is the King’s command: that all men, everywhere, Repent and turn away from sin’s seductive snare;That all who will obey, with Him shall reign for aye, And that’s my business for my King.


My home is brighter far than Sharon’s rosy plain, Eternal life and joy throughout its vast domain;My Sovereign bids me tell how mortals there may dwell, And that’s my business for my King.


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O hino cantado em português por um coral:





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Próxima postagem:


História do hino "Mestre, o mar se revolta ..." (Sossegai)


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2 comentários:

  1. Muito bom o teu artigo. E muito lindo o significado da letra do hino.
    Muitas vêzes, empolgada pela musica, linguagem do espírito, não presto atenção à letra, linguagem do pensamento.
    Graças ao teu blog "Historia dos Hinos" tenho compensado esse meu handicap e conhecido melhor as mensagens neles contidas
    e em que circunstâncias foram escritas, momentos e fontes de inspiração dos autores.
    "Félicitations" Paulo. Obrigada por nos oferecer de maneira prazerosa e leve (digestivel), matéria para alimentar e fortificar ainda mais nossa fé.
    Minha "igreja" tem sido assim: leituras, programas audio-visuais onde convidados bem informados debatem sobre um tema
    ligado à fé, ao evangelho e isso tem me trazido muita satisfação.
    Até a proxima postagem...Abraços, Analia.

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  2. "Reconciliar já com Deus"
    Tenho que reconciliar-me todos os dias. Neste mundo onde reina o inimigo é muito difícil viver sem uma diária "intimidade" com Deus!
    Vendo-me na foto como Pregoeira da Fé, sinto-me em dívida com Deus!
    Este hino me leva a reflexão e de forma nostalgica me faz recordar meus votos.Sinto-me como forasteira, em terra estranha estou.
    Sempre é bom ver nosso amado diretor e sua espôsa, casal Eliasen os quais tanto me ajudaram a caminhar pelos caminhos do Senhor.

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