quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

"O amor de Deus não passa"

O amor de Deus não passa


Na vida aqui tudo passa, nada nasceu pra ficar,
O que começa tem fim também, pois tudo há de passar.
Passa o calor, passa o frio, e o mar na força que tem,
O caminhante na estrada passa em busca do além!

Coro:

O amor de Deus não passa, e nunca há de passar;

O amor de Deus não passa, ele jamais passará.


Passa a tristeza da vida e a alegria fugaz,
O vento e a tempestade e a vingança voraz.
Passa a beleza enganosa, passa o mal e o bem,
Passa o rico e o pobre, e a saudade também.


Passa a maldade nefasta, passa o ódio cruel,
Passa o bom e o ruim também, o inocente e o réu.
Passa o sol e a lua, no seu constante vai-vem,
Passa o regato sereno, e nós passamos também.


Cantado por Josely Scarabelli:


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Do blog de Elvis Tavares extraí a história do autor:


Faleceu neste último domingo (12/12/10) o radialista Josias Menezes, pioneiríssimo na apresentação de programação evangélica musical.

Josias criou o programa Peça o seu hino preferido, que durante décadas foi ao ar na Rádio Copacabana AM e em diversas rádios do Rio de Janeiro, estando ainda sendo veiculado na Rádio AM Teresópolis (região serrana do RJ), de onde transmitia direto de seu apartamento, em razão de a doença dificultar sua locomoção.

Josias Menezes foi o mentor da popularização, no Brasil, da música gospel, que até meados da década de 50 era cognominada de música sacra. Sua inovação, a princípio, teve reações adversas de alguns evangélicos da ala conservadora da época, que achavam que somente as obras dos autores de séculos anteriores ou as que constavam em alguns hinários seriam aprovadas por Deus.

O radialista organizou, também, a Caravana de Josias Menezes, que percorria todo o Estado levando um naipe dos cantores mais requisitados pelo público para apresentação nas igrejas.

Josias Menezes em foto recente
Como compositor, destacou-se em diversas obras, com destaque especialíssimo para O rosto de Cristo, que possui mais de 60 gravações diferentes. Número que suplanta muitas composições famosas de grandes autores da MPB.

Comprei a revista Bizz em edição comemorativa aos 70 anos do "Rei" Roberto Carlos. Na página 95, há uma menção à pesquisa feita pelo ECAD informando que a obra Emoções, de Roberto & Erasmo, foi a música de sua carreira com maior número de regravações: 57 vezes. Ou seja, RC é superado por Josias, em se fazendo esse pequeno paralelo, muito embora os rendimentos autorais tracem um lamentável paradoxo entre eles, haja vista que enquanto Roberto Carlos via sua conta corrente aumentar, Josias, que lutava pelos direitos dos autores, a cada momento descobria uma nova regravação desautorizada.

Assim como Ozéias de Paula teve seu repertório durante a carreira composto, em sua maioria, por músicas do autor Edison Coelho, na mesma proporção, Josely Scarabelli colocou em seus discos canções de Josias Menezes. Elon Cavalcante, Carlos de Oliveira, José Tostes, Luiz de Carvalho foram outros que introduziram canções de Josias em seus trabalhos.

No meio do ano estive acompanhando equipe da Patmos Music durante uma entrevista com Josias Menezes, onde pudemos perceber que seu estado de saúde mostrava-se bastante fragilizado.




Paulo, você fez citação no seu blog * de um hino de Josias Menezes, um dos maiores radialistas do meio gospel no Brasil e que também tinha algumas composições. Era padrinho de casamento do casal Edson e Telma e muito meu amigo. Morava aqui em Teresopolis. Deus o levou em dezembro de 2010, deixando saudades! (Wagner de Barros Campos)

Em julho de 2011 fui hóspede no Acampamento Ebenezer, do meu amigo Wagner de Barros Campos, em Guapimirim-RJ. Na foto, com sua família e os cantores evangélicos Edison e Telma, dos quais quero contar a história um dia neste blog. Donos de vozes esplêndidas, formam um dueto pleno de harmonia e unção!

* Postagem: Em NY, Anneli viu Jacqueline Kennedy passar...

www.paulofranke.blogspot.com

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quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Para mim, a mais linda canção moderna de Natal:


Joy Webb é uma major do The Salvation Army na Inglaterra. Atualmente aposentada, mas ainda compondo músicas e escrevendo letras, seu talento tem sido através das décadas um dom de Deus para a bênção de milhares de pessoas!


Abaixo, publico a letra de uma canção natalina que escreveu nos anos 80, e que para mim é uma das mais maravilhosas canções espirituais atuais de Natal.

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A surpresa
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Lembras da cena do estábulo velho, dos bichos já quase a dormir? Ouve-se um choro infantil, de repente... Oh! Que surpresa ver na manjedoura a dormir, um menino sob as estrelas do céu.
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E por um momento, agora aqui, deves permitir que, outra vez, venha a surpresa te dominar e a velha cena voltar.

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Lembras da noite tão silenciosa, mistérios por acontecer? Ouve-se o canto dos anjos, de pronto... Oh! Que surpresa ouvir: lá no silêncio a canção nos dizia da paz que estava por vir.
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E por um momento, agora aqui, deves permitir que, outra vez, venha a surpresa te dominar e a velha paz te envolver.
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Lembras que em teu coração já ouviste a história que tanto contou, e recebeste a sua mensagem? Oh! Que surpresa ter esta alegria inimaginável, que te preenche o viver.
*
E por um momento, agora aqui, deves permitir que, outra vez, venha a surpresa te dominar e a velha história voltar, e a velha história voltar.**

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Tradução de Lucio de Moura Netto


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O original em inglês:


Think of the animals found in the stable, all bedded and warm for the night... Suddenly stirred a baby's crying - what a surprising sight! There in the manger a new Child sleeping under the starstuded night.

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And here, for a moment, again today ,in the midst of all you must do, let the surprise catch your heart once more, making the old story new.
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Think of a silence that's quite unsuspecting of what the next moment would bring... Suddenly broken by angels singing, what a surprising thing! There in the silence a song was saying: the Child our true peace would bring.

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And here, for a moment, again today, in the midst of all you must do, let the surprise catch your heart once more, making the old story new.

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Think of a heart that has heard the same story so often repeated before suddenly catching a glimpse of its meaning. What a surprising thing! Joy that could not until now be imagined, no one could ask for more!

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And here, for a moment, again today, in the midst of all you must do, let the surprise catch your heart once more, making the old story new
.



Ouca-a, pela brigada de Cantores do Exército de Salvacão, Corpo Central de São Paulo, à rua São Joaquim, 235, estacão São Joaquim do metrô:




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O grande feito de Joy Webb foi ter a iniciativa corajosa de reunir alguns jovens oficiais, no início dos anos 60, e com eles formar o grupo "Joy Strings", um dos precursores da música ritimada evangélica. Suas músicas - apresentadas ao ar livre como na foto diante da Catedral de São Paulo - foram tornando-se populares mesmo no meio secular, a ponto de terem constado da galeria de sucessos musicais das rádios inglesas diversas vezes.



Conheci Joy Webb quando fui pela primeira vez à Inglaterra. Caminhando em direção ao ICO, onde eu fazia um curso para oficiais, de repente a vi carregando sua pesada guitarra na subida de Sydenham Hill e ofereci-me para carregar o instrumento até o local onde iria se apresentar, exatamente no ICO, para nós, 25 oficiais de diversos países. Enquanto isso confessei-me ser seu fã e do grupo que iniciara na década anterior. Foi uma noite inesquecível de louvor onde também conversei com o baterista dos Joy Strings, um engenheiro que me fez muitas perguntas sobre nossa capital Brasília e seu arrojado estilo arquitetônico, o que ele sonhava conhecer.





Os Joy Strings foram imitados no mundo inteiro, e aqui vemos a foto do momento quando a "versão brasileira" do grupo se apresentava no dia da minha formatura como oficial do Exército de Salvação, em janeiro de 1966. A foto é de papel-jornal, mas mesmo assim vejo-me - o novo tenente com a cordinha branca descendo do ombro - ouvindo atentamente ao grupo formado pelo oficial australiano, Fred Shaw, Marcos Ananias no contra-baixo, Claudete, Adelaide, Dora e, tocando guitarras, Albert e Rui.



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Link


"Candles of the Lord", outra belíssima canção de Joy Webb, apropriada para a época natalina, que tive o privilégio de traduzir para o português (ver legendas) a pedido da regente do coral nacional salvacionista:





Abaixo, "Pequena vila de Belém", pelos Joy Strings, incluindo fotos do inicio do grupo:


http://www.youtube.com/watch?v=9pkzhQ5Gv3A



"All Alone", com o grupo completo:



http://www.youtube.com/watch?v=O5gNTiO4uVk




Quer saber mais a respeito dos "Joy Strings" (Cordas da Alegria)?



http://www.joystrings.co.uk/


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Nota:



Nas próximas postagens voltarei a enfocar histórias de conhecidos hinos do meio evangélico.


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segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Gloria a Deus nas Alturas, Paz na Terra, Deus é Amor!



Na foto, cena de uma peça de Natal espontânea (link abaixo).






455 - Uma luz resplandecente/ Ilumina a vastidão./Lá nos campos os pastores/Vigiam em compuncão/ É a esses pequeninos/ Que resplende a grande luz./ "Não temais!", diz-lhes um anjo:/"Em Belém Jesus nasceu!


"Glória a Deus nas alturas/ Paz na terra! Deus é amor!"/ Os anjos cantam em Belém:/ Nasceu o Salvador!"


Como é belo ouvir-se/ O canto da milícia celestial!/ Todo o céu está em festa/ Anunciando o Natal./ Surge, assim, no firmamento,/ Que se abre par em par,/ Uma multidão de anjos/ A dizer e a cantar:



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"Glória a Deus nas alturas!"


foi cantado por Daniel TBGama, João Vinicius TBGama e Paulo Franke na reunião especial de Natal no Corpo de Helsinki.





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Letra e Música: Paulo Tavares Bastos Gama.


História (segundo relato de David Elias Hämäläinen):


"Durante a primeira campanha financeira para a construção da séde própria do Corpo Central e Centro Social do Exército de Salvação, no bairro da Liberdade (Rua São Joaqui esquina Taguá), no ano de 1954, Paulo Tavares Bastos Gama foi nosso hóspede no Corpo do Bosque, que dirigíamos naquele ano seguinte ao da nossa chegada ao Brasil.


Certa noite, quando voltávamos de um dos jantares organizados pela comissão da campanha, ele parou na escada que desce para a moradia, sentou-se e disse: 'Escutem! O que lhes parece esta letra e música?' E ali mesmo cantou o belo cântico - que se popularizou rapidamente - pela primeira vez."


ööööööööööööööö


Está atrasado com sua preparação para a festa de Natal, em família, na escola ou na igreja?


Dica para montar uma peça de Natal de última hora:




äåäåäåäåäåäåäåäå

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Luz do Mundo, Jesus Cristo, vem dissipa as ilusões

245 - Luz do mundo, Jesus Cristo,/ Vem, dissipa as ilusões,/ Tira o véu dos nossos olhos,/ Ilumina os corações/ Para ver-Te, para ver-Te!/ Ouve nossas orações!

Onde as trevas do pecado/ Obscurecem Teu amor,/ Faze a luz do Teu ensino/ Dominar, ó Salvador!/ Resplandeça, resplandeça/ Tua glória, ó Redentor!

Luz dos homens! Luz da vida!/ Brilha com poder nos Teus,/ Esclarece as suas almas,/ Mostra-lhes o grande Deus./ Luz do mundo, Luz do mundo,/ És o resplendor dos céus!

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Letra: Sarah Poulton Kalley, uma missionária, que morreu em 1907, e que fez versões - não tanto traduções - de hinos da língua inglesa para uso no primeiro hinário brasileiro, o "Salmos e Hinos".

Música: Paulo Tavares Bastos Gama (ouça abaixo o youTube do hino).

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Continuação da história de Paulo Tavares Bastos Gama, iniciada na postagem anterior e relatada por seu filho, Daniel Tavares Bastos Gama, pastor da Igreja Batista do Povo em São José dos Campos-SP:

Meu pai trabalhou no Corpo de Pinheiros, em São Paulo e de lá foi enviado ao Corpo do Bosque. Atuou também como oficial de brigada no Colégio de Cadetes (seminário salvacionista).

Quando eu estava ativo como membro do Corpo do Bosque, muitos anos mais tarde, eu dirigia a brigada de cantores e tentava conseguir músicas brasileiras para o repertório do coral. Meu pai falou-me, então: "Meu filho, meu início no Exército foi parecido com o seu e de repente eu estava envolvido com todas as atividades que você pode imaginar. Então, comecei a compôr hinos, pela necessidade de evangelismo ao ar livre; pelas serenatas de convites ao povo para os cultos; pelas visitas aos hospitais; campanhas com os cadetes, visitas estrangeiras de chefes etc.... e pela falta de músicas contemporâneas mais atraentes aos ouvidos brasileiros."

Com o crescimento do repertório e convites para campanhas nas igrejas evangélicas, meu pai resolveu gravar discos e desbravou esta fatia como o primeiro cantor evangélico brasileiro a gravar um disco. Quando cursou o ICO (Colégio Internacional para Oficiais) em Londres, em 1956, conheceu as bandas salvacionistas e os famosos discos 78rpm da Regal. Trouxe muitos discos de Londres e os que não se quebraram na bagagem eram tocados no alto-falante do Corpo de Santos antes e no final dos cultos.


Meu pai, na foto com sua família (sou o caçula), gostava também de escrever letras para ocasiões especiais como Dia das Mães, Natal, cartas musicadas, porções bíblicas lidas em forma de poemas, incluindo homenagens a líderes e congressos. E, sem medo de errar, acho que ele escreveu mais do que compôs músicas. Adaptou,
no antigo modo salvacionista, muitas letras dele juntando músicas conhecidas, evangélicas ou seculares.



Não há dúvida para mim de que as Top 5 eu enumeraria como a seguir:

1. Vinde a Mim - 2. Luz do mundo - 3. Parábola das 10 virgens - 4. Mamãe, que nome belo! -
5. Os céus em festa.

Nota do dono do blog:

Acrescento outros dois hinos, de que muito gosto, de seu grande repertório: Andava eu perdido, mas Cristo me achou e Se as nuvens são negras, eu aguardo o raiar da aurora da luz celestial.

Conheci o simpático e consagrado Paulo Tavares Bastos Gama quando, em 1964, viajei do Rio Grande do Sul para cursar o Colégio de Cadetes em São Paulo. O talentoso servo do Senhor, no entanto, já era conhecido em algumas cidades do meu estado (e certamente em inumeráveis lares brasileiros onde sua voz entrara trazendo alegria, conforto, esperança e paz). Tanto que, em 1974, quando foi "promovido à glória" - como denominam os salvacionistas a morte - e estávamos trabalhando no Corpo de Rio Grande, uma irmã evangélica nos abordou na rua e contou-nos que ouvira no rádio que nosso caro irmão em Cristo havia falecido em São Paulo, antes mesmo de recebermos pelos correios a notícia pelo Quartel Nacional.

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"Luz do mundo, Jesus Cristo":

http://www.youtube.com/watch?v=YgCSZHEUafg&feature=related

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sábado, 29 de outubro de 2011

Tua alma está ferida, magoado o coração?

161 - Tua alma está ferida, magoado o coração?

Tua alma está ferida, magoado o coração,/ A tristeza já se apoderou de ti?/ Escuta, meu amigo, Jesus nos fala assim:/ "Ó cansados e oprimidos, vinde a Mim!

Coro:

"Tomai sobre vós meu jugo, Eu vos aliviarei,/ E descanso vossas almas gozarão,/ Pois o meu fardo é leve, meu jugo é suave,/ Paz perfeita vós tereis no coração!"

Desperta, tu que dormes, a fé traz esperança,/ Já desponta um novo dia a teu favor;/ Lembra que Deus é amor, Jesus nos fala assim:/ "Ó cansados e oprimidos, vinde a Mim!

Se creres, meu amigo, terás a salvação,/ Plena paz inundará teu coração./Escuta a voz de Cristo, Jesus nos fala assim:/ "Ó cansados e oprimidos, vinde a Mim!


Letra: Paulo Tavares Bastos Gama

Segundo relato de seu filho, Daniel Tavares Bastos Gama:

Meu pai formou-se em algo parecido com o que seria hoje "Técnico em Direito". Fez também curso técnico de Agropecuária e Agrimensura, e depois algo ligado a Justiça/Administração. Foi trabalhar na Companhia Estrada de Ferro Sorocabana como Escrivão. Na época um cargo importante, não somente por ele ter-nos contado, mas pelo fato de que ao deixar a Cia. Sorocabana ganhou uma passagem permanente na primeira classe e viajava "de graça" desde os anos 30 até os idos de 70, quando a Cia Sorocabana foi estatizada e caiu na degradação e apodreceu... ou melhor,
"a traça e a ferrugem a consumiram".

Como escrivão, tinha um bom salário na época e, como violonista, fazia serenatas nas janelas das meninas paqueradas. O grande violonista Dilermando Reis foi companheiro dele nestas serestas.

Chegou ao ponto de gastar mais do que ganhava, ficou frustrado com a vida e começou a procurar o sentido de sua existência. Foi nessa época que outro amigo, Rubens Duffles de Andrade, levou-o a assistir um culto na Igreja Presbiteriana. À noite, sozinho, clamou por Jesus que conhecera no culto e converteu-se. Em conversa com Rubens e revelando sua vocação por algo mais, ele levou meu pai a uma reunião do Exército de Salvação no Brás. Entusiasmou-se demais e disse para seu amigo, irmão e discipulador presbiteriano: "É aqui o meu lugar!"

Sua interessante história continua na próxima postagem, por ocasião da publicação de outro hino que alcançou muitas vidas com suas palavras e a voz ungida de Paulo Tavares Bastos Gama.

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Música secular "The little old cabin down the lane", adaptada com as palavras "Achei um bom amigo, Jesus, o Salvador... dos vales é o Lírio, a estrela da manhã, o Escolhido dos milhares para mim", de Charles Fry, um dos músicos pioneiros do Exército de Salvação na Inglaterra (fonte "Companion to the Song Book").

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Ouça o belo hino na voz inconfundível de Paulo Tavares Bastos Gama:


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sexta-feira, 2 de setembro de 2011

terça-feira, 7 de junho de 2011

Brilha no meio do teu viver

Brighten the corner where you are (Ilumina o canto onde tu te encontras)

425 - Não somente pra fazer um feito singular/ É mister agir com muito ardor,/ Mas as coisas mais humildes para executar/ Deves fazê-las com fervor.

Brilha no meio do teu viver, (bis)/ Pois talvez algum aflito possas socorrer;/ Brilha no meio do teu viver.

Oh! talvez alguma vida possas alegrar/ com palavras doces, em amor,/ Ou talvez algumas almas tristes alcançar/ Com a mensagem do Senhor.

Por maior que seja teu esforço a exercer,/ Por mais firme a tua devoção,/ Em redor vê quantas almas vivem sem prazer/ Jazem na densa escuridão.

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Ina Ogdon, uma mulher de Toledo, Ohio, era uma talentosa preletora e foi escalada para viajar com a prestigiosa equipe cristã Chautauqua. Ela deu boas-vindas à oportunidade de usar seu talento e alcançar milhares de pessoas através da nação.

Porém, antes de partir com a turnê, seu pai ficou seriamente ferido em um acidente de carro. Ela cancelou a sua participação para cuidar dele. Em vez de viajar e ensinar, tomou sobre si as tarefas comuns de cuidar de seu pai e fazer os trabalhos caseiros.

Inicialmente, ela sentiu ressentimento e mesmo raiva. Mas gradualmente veio a sentir contentamento com o que passou a fazer, "brilhando no canto" onde Deus a colocara.

Através da necessidade de um ente querido - que significou sacrificar-se - Ina Ogdon deixou-nos o hino popular no mundo inteiro e que tem tocado milhões de vidas com suas palavras: "Ilumine o canto onde você se encontra" (tradução do original inglês).

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A música contagiante é de Charles H. Gabriel,
com tradução para o Cantor Cristão de William Edwin Entzminger


Fonte: Songs in the Night







As palavras originais em inglês:

Do not wait until some deed of greatness you may do,/Do not wait to shed your light afar,/ To the many duties ever near you now be true,/Brighten the corner where you are.

Brighten the corner where you are!/ Brighten the corner where you are!/Someone far from harbor you may guide across the bar;/Brighten the corner where you are!

Just above are clouded skies that you may help to clear,/ Let not narrow self your way debar;/ Though into one heart alone may fall your song of cheer,/ Brighten the corner where you are.

Here for all your talent you may surely find a need,/ Here reflect the bright and Morning Star;/ Even from your humble hand the Bread of Life may feed,/ Brighten the corner where you are.
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O hino em português:

http://www.youtube.com/watch?v=F-xaBlOdl_Q


O hino no original inglês:


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segunda-feira, 30 de maio de 2011

Guia, Cristo, minha nau sobre o revoltoso mar

Jesus, Saviour, Pilot Me


335 - Guia, Cristo, minha nau/ Sobre o revoltoso mar,/ Tão enfurecido e mau,/ Quer fazê-la naufragar./ Vem, Jesus, Oh! vem guiar,/ Minha nau vem pilotar!


Como sabe serenar/ Boa mãe o filho seu,/ Vem, acalma, assim, o mar,/ que se eleva até o céu./ Vem, Jesus, Oh! vem guiar,/ Minha nau vem pilotar!


Se no porto quando entrar,/ Mais o mar se enfurecer,/ Que me possa deleitar/ Em ouvir Jesus dizer:/ "Entra, pobre viajor,/ No descanso do Senhor."


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Edward Hopper nasceu em Nova York, em 1818. Seu pai era um próspero negociante e sua mãe descendia de huguenotes. Toda a sua instrução, ele a recebeu em Nova York, formando-se na Universidade da cidade e, depois, no Union Theological Seminary, em 1842. Em 1871, recebeu o grau de Doutor em divindades, grau honorário oferecido pelo Lafayette College.


É interessante que Edward passou quase toda a sua vida na cidade de Nova York, exceto onze anos, quando pastoreou uma igreja presbiteriana em Sag Harbor, Long Island, local não muito distante.


Edward Hopper tinha grande interesse pelos marinheiros que andavam pelas ruas de seu bairro. Escreveu vários hinos para eles, e a última igreja que pastoreou foi a "Igreja de Terra e Mar", perto do cais de Nova York.


Em 1871, um de seus hinos foi publicado na revista "Sailor's Magazine" (Revista dos Marinheiros), mas o modesto autor não colocou o seu nome. Hopper escreveu muitos hinos, sob diversos pseudônimos. Durante vários anos os marinheiros da "Igreja de Terra e Mar" entoaram o belo hino "Guia, Cristo, minha nau" sem perceber que havia sido o seu próprio pastor, o Dr. Hopper, que havia escrito a letra daquele hino.


Sempre sentindo o seu coração fraco, morreu no dia 23 de abril de 1888, quando escrevia um outro hino, cujo título era "Céu".


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O compositor da música, John Edgar Gould (foto), nasceu em Bangor,
Maine, em 1822, e morreu na Argélia no dia 4 de março de 1875. Gould era sócio de uma firma que vendia pianos em Nova York. Era também regente de coral. A música com a qual cantamos este hino foi composta por Gould nas vésperas de uma viagem que ia fazer por motivo de saúde. À noite, antes de embarcar, Gould tocou para sua esposa, pela primeira e última vez a melodia, pois durante a viagem veio a falecer.

A tradução encontrada no Cantor Cristão é de William E. Entzminger, e segue fielmente a letra original do Dr. Hooper.

Fonte - "Se os Hinos Falassem", volume I, de Bill H. Ichter (Junta de Educação Religiosa e Publicações da Convenção Batista Brasileira)

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O hino cantado por Mahalia Jackson:

http://www.youtube.com/watch?v=OV0IDkxVAcM&feature=related

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domingo, 15 de maio de 2011

Eis nosso estandarte / Onward Christian Soldiers

Framåt, Kristi stridsmän! - Espäin Herran kansa





370 - Eis nosso estandarte tremulando à luz,/ Tendo por divisa: glória pela cruz!/ Para a santa guerra vos conduzirá:/ Sob o Rei divino, quem se alistará?

Eis nosso estandarte tremulando à luz!/Leva por divisa: Glória pela cruz!

Guerra contra as trevas! guerra contra o mal!/ Contra o vil pecado, guerra divinal!/ Guerra contra o mundo! nela quem entrar/ Há de, sem reserva, tudo abandonar.

Tudo soa duro? Receais a cruz?/ Vede o exemplo que vos deu Jesus!/ Ó irmãos, lembrai-vos: Quem aqui vencer,/ Cristo a coroa vai-lhe conceder.

Oh! dizei a Cristo: "Venho.me render;/ Só por ti vencido poderei vencer;/ Ao morrer conTigo, sempre viverei;/ Tua cruz eu tomo, meu bondoso Rei!


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O Rev Sabine Baring-Gould (1834-1924) nasceu em Exeter, viveu nos anos de sua juventude na Alemanha e na França, e estudou no Clarence College, em Cambridge.

"Whit-Monday, a segunda-feira após o domingo de Pentecoste é um grande dia de festivais escolares em Yorkshire. Em um dia desses, foi planejado que nossa escola uniria forças com outras dos vilarejos vizinhos. Eu queria que as crianças cantassem enquanto marchavam de um vilarejo para outro, mas não conseguia encontrar algo apropriado; assim sentei-me à noite resolvido a escrever uma letra que se ajustasse à comemoração. 'Onward, Christian Soldiers' foi o resultado. Foi escrita com grande pressa e eu temia que houvesse problema com algumas rimas. Certamente nada me surpreendeu mais do que sua popularidade! Não me recordo de quando a publiquei, mas sei que muito cedo tornou-se popular entre diversas coleções. Eu havia escrito alguns outros hinos, mas somente dois ou três tornaram-se bem conhecidos, um deles o 'Onward Christian Soldiers!'"
(Internet)

A música foi escrita em 1871 por Sir Arthur Seymor Sullivan (1842-1900), um professor de música em Londres.

Nota - O famoso hino tem inspirado milhares de pessoas a servirem ao Senhor. Foi entoado no funeral do presidente americano, Dwight Eisenhower, em março de 1969.

A versão em português é atribuiída a Henry Maxwell Wright, que compilou os hinos do primeiro hinário brasileiro, o "Salmos e Hinos".

O Exército de Salvação no mundo inteiro utiliza bastante o hino, que se ajusta perfeitamente à sua mensagem, inspirando seus membros a lutar por Cristo, erguendo o Seu estandarte.

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O hino entoado por um coral de meninos anglicanos:


http://www.youtube.com/watch?v=YJgt2ktRJME


... tocado por uma banda salvacionista inglesa:

http://www.youtube.com/watch?v=sNybISeZdg0

... e entoado por uma congregação:

http://www.youtube.com/watch?v=_RQ5DbcqeJU

terça-feira, 10 de maio de 2011

Avante, Avante, ó Crentes, Soldados de Jesus!

Stand up, stand up for Jesus! - Stå upp, stå upp för Jesus - Jeesus tähden nouskaa

384 - Avante, avante, ó crentes!/ Soldados de Jesus!/ Erguei Seu estandarte,/ Lutai por Sua cruz!/ Contra hostes inimigas,/ Ante essas multidões,/ O excelso Comandante/ Dirige os batalhões.

Avante, avante, ó crentes,/ Por Cristo pelejai!/ Vesti Sua armadura,/ Em Seu poder marchai!/ No posto sempre achados,/ Fiéis permanecei,/ Em meio de perigos/ Segui o grande Rei!

Avante, avante, ó crentes,/ A passo triunfal!/ Hoje há combate horrendo,/ Mui cedo a paz final!/ Então, eternamente,/ Bendito o vencedor,/ No céu glorificado/ Com Cristo, o Salvador!


Dr. George Duffield (1818-1888) foi um pastor presbiteriano que serviu em Brooklyn, na Filadélfia e no oeste do país americano. A inspiração para o seu famoso "hino de guerra" surgiu da última mensagem do Rev. Dudley A. Tyng durante o avivamento de 1858, conhecido como "o trabalho de Deus na Filadélfia". No domingo anterior à sua morte, o Rev. episcopaliano Dudley pregara a 5.000 pessoas e cerca de 1.000 entregaram suas vidas ao Senhor. Seu tema fora: "... ide somente vós os homens, e servi ao Senhor" (Êxodo 10.11). Na sua empolgação, mencionou que preferiria perder o seu braço do que deixar de lado o seu dever de entregar a mensagem do Senhor, o que se tornou uma profecia.

Na quarta-feira seguinte, escreveu Duffield, deixando seus estudos por um momento, o Rev. Dudley foi ao celeiro onde uma mula trabalhava na máquina movida por animal que descascava milho. Ali Dudley sofreu um acidente e perdeu seu braço. Sua morte aconteceu em poucas horas.

No domingo seguinte, Dr. Duffield pregou de forma poderosa e leu as estrofes do hino que escrevera após o funeral de seu amigo. O superintendente da escola dominical logo imprimiu cópias do hino para dar aos seus alunos. Após algum tempo, o hino foi-se espalhando pelo país e posteriormente pelo mundo, chamando os crentes à batalha por Jesus, o Salvador.

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A música que nos convida a tomar posição nessa batalha, foi escrita por G.J. Webb (1803-1887) em 1850. Americano de nascimento, foi um organista e pedagogo musical.

Fonte: Companion to the Song Book

Nota: A versão em português é de Sarah Poulton Kalley, que compilou os hinos para o primeiro hinário em português, os "Salmos e Hinos". Muitos de seus hinos guardam o tema do original inglês, embora a tradução muitas vezes se afaste um bom tanto, não deixando porém de serem hinos cantados e muito amados por gerações de evangélicos de língua portuguesa.

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O hino entoado por um coral salvacionista da Inglaterra:

http://www.youtube.com/watch?v=yl5mRqLQvZU

O hino em português cantado por um coral:

http://www.youtube.com/watch?v=VLAlW_vbeJo


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quinta-feira, 28 de abril de 2011

Hinos cantados nas núpcias reais de William-Kate

Os hinos foram escolhidos pelos noivos.











Fotos tiradas enquanto cantavam "Guide me, O Thou great Redeemer!"

(em português, hino cantado com a letra de "Fonte da celeste vida")














Fotos tiradas enquanto cantavam "Love divine, all loves excelling"

(Em português, hino cantado com a letra "Abencoa, Deus Eterno, estes noivos hoje aqui")














Fotos tiradas enquanto cantavam "Jerusalém".

(Desconheco uma letra em português)

terça-feira, 26 de abril de 2011

Divino Espírito convém ao Teu auxílio recorrer


"Salmos e Hinos", que pertenceu ao meu pai e que foi por ele adquirido em 3 de setembro de 1933, quando tinha 20 anos, na Igreja Episcopal Anglicana, da qual era membro.




Hoje, 28 de abril de 2011, amanheci cantando um velho hino dos Salmos e Hinos, o hinário mais antigo do Brasil. E o cantei tentando lembrar-me de cor de suas palavras na letra antiga e não a atual desse hinário (215), muito menos com a que cantamos no Exército de Salvação (91).

Desconhecendo as palavras do original inglês, tive que pesquisar no Google, constatando que as palavras do hino em português foram uma versão muito livre de Sarah Poulton Kalley. Um dia neste blog comentaremos sobre o histórico Salmos e Hinos que, por ser o "hinário pioneiro", de seus hinos utilizaram-se muitas igrejas evangélicas brasileiras, inclusive o Exército de Salvação, ainda que muitas vezes das palavras originais haja somente uma pálida semelhança.

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Diante disso, falaremos aqui somente do compositor,
Dr. John B. Dykes (1823-1876), que também doou ao mundo
a música de um dos hinos mais conhecidos e amados: "Santo, Santo, Santo" (Nicaea).

Nascido em Hull, Inglaterra, John foi o quinto filho de William e Elizabeth Dykes e o irmão mais moço da poetisa e escritora de hinos Eliza Alderson. Aos 10 anos, John já era o organista assistente na Igreja de São João, em Hull, onde seu avô, Rev. Thomas Dyke, era o pároco.

Além do órgão, aprendeu também a tocar violino e piano. Estudou no Wakefield e St. Catherine College, em Cambridge, ganhando um BA em Classics em 1847. Foi o co-fundador da Cambridge University Musical Society. Em 1862 tornou-se pároco da Igreja de St.Oswald, em Durham, até sua morte em 1876, aos 52 anos.

Publicou numerosos sermões e artigos sobre religião, entretanto é mais conhecido por cerca de 300 hinos dos quais foi o compositor.
Melita, a música com a qual cantamos o hino em português, no original é usada para o hino "Eternal God, Strong to Save" (Eterno Pai, forte para salvar), às vezes conhecida por "For those in peril on the sea" (Por aqueles em perigo no mar).

Menciona Robert McCutchan que John Dykes, quando criança, gostava tanto de órgão que pagava às suas irmãs um centavo por hora para que pedalassem enquanto ele tocava.

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L i n k s



O hino é cantado no filme "Para todo o sempre" (A man called Peter), tendo o ator escocês, Michael Todd, interpretado magistramente o presbiteriano escocês, Rev. Peter Marshall, filme a que assisti na década de 50 o qual tenho em DVD.





Postagem sobre o assunto, inclusive partes de sermões do Rev. Marshall:


http://paulofranke.blogspot.com/2008/11/para-todo-o-sempre-man-called-peter.html


O hino:

http://www.youtube.com/watch?v=lsVWKKXS_PU

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quinta-feira, 21 de abril de 2011

Porque Ele vive, posso crer no amanhã...

Minha filha e neto louvando a Deus em um dueto, no Corpo de Hämeenlinna, Finlândia.


73 - Deus enviou Seu filho amado, Para salvar e perdoar./ Na cuz morreu por meus pecados,/ Mas ressurgiu e vivo com o Pai está.


- Porque Ele vive, posso crer no amanhã,/ Porque Ele vive, temor não há./ Pois eu bem sei, eu sei que minha vida/ Está nas mãos de meu Jesus que vivo está!


E quando, enfim, chegar a hora/ Em que a morte enfrentarei,/ Sem medo, então, terei vitória,/ Verei na glória o meu Jesus que vivo está!


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Bill e Gloria Gaither sãoNegrito o mais prolífico e famoso casal de compositores e autores cristãos. Seu ministério musical tem sido reconhecido com dois Grammy Awards e dezenas de Dove Awards, e nove vezes têm sido nomeados "Os Compositores do Ano". Milhões no mundo inteiro têm sido abençoados através de suas gravações, concertos e de cerca de quinhentos hinos publicados.


Este hino, um dos mais famosos que Deus lhes tem dado a inspiração de escrever, aconteceu durante uma "fase escura de suas vidas". Enquanto esperavam seu terceiro filho, os Gaithers passaram por um tempo muito difícil. Incompreensões causavam turbulência em sua igreja, Bill enfrentava uma doença séria e Glória estava apreensiva sobre o mundo para o qual estava trazendo a sua criança. Para o casal era um tempo árido e longo, durante o qual não haviam escrito nenhum hino.


Nesse tempo de dificuldade e escuridão, o Espírito Santo veio a eles com a certeza de que "nosso filhinho poderá enfrentar dias incertos... porque Ele vive". Esse hino, que lhes foi dado por Deus durante uma época de sombras, trouxe-lhes a radiante luz naquela Páscoa, e também a milhões de pessoas no mundo inteiro. Não sabemos o que nos reserva o futuro, mas nós conhecemos o Deus do futuro, e isso faz toda a diferença.


Uma estrofe, desconhecida em português, menciona a certeza que lhes invadiu o coração:


Que doce é segurar o nosso bebê recém-nascido, E sentir o orgulho e a alegria que Ele nos dá; Mas maior calma vem-nos na certeza: Esta criança pode enfrentar dias incertos, Porque Ele vive!


Fonte: Songs in the Night

Nota - No original inglês há uma frase bastante relevante: "... Uma tumba vazia está lá para provar que o meu Salvador vive!


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Procure no www.youtube.com:


- em inglês, "Because He lives I can face tomorrow"


- em português, "Porque Ele vive posso crer no amanhã"

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segunda-feira, 18 de abril de 2011

Quando eu contemplo a maravilhosa cruz (When I survey the wondrous cross)

When I survey the wondrous cross

When I survey the wondrous cross/ On which the Prince of glory died,/ My richest gain I count but loss,/ And pour contempt on all my pride.

Forbid it, Lord, that I should boast,/ Save in the death of Christ my God!/ All the vain things that charm me most,/I sacrifice them to His blood.


See from His head, His hands, His feet,/ Sorrow and love flow mingled down!/ Did e’er such love and sorrow meet,/ Or thorns compose so rich a crown?


Were the whole realm of nature mine,/That were a present far too small;/ Love so amazing, so divine,/ Demands my soul, my life, my all.



Isaac Watts (1674-1748) nasceu em Southampton, Inglaterra, e foi o filho mais velho dos nove de um professor que sofreu muita perseguição por sua fé. Quando Isaac nasceu, ele encontrava-se aprisionado.


Mais tarde na vida, Isaac determinou-se a ensinar um hino de sua autoria a cada domingo na igreja, e o fez por dois anos consecutivos. Muitos dos seus "Hymns and Spiritual Songs", publicado em 1701-09, foram escritos durante esse período de sua vida.


Foi pastor em Londres, mas sua saúde precária fez com que se retirasse da Mark Lane Chapel. Foi considerado "o pai dos hinos modernos". Um busto em sua memória encontra-se na Abadia de Westminster, em Londres.


Companion to the Song Book

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História:


Quando William Booth, fundador do Exército de Salvação, e sua comitiva visitaram a Terra Santa, em março de 1905, foram proibidos pelas autoridades muçulmanas de celebrar reunião ou mesmo de cantar no Monte Calvário. Desfraldaram somente a bandeira salvacionista naquele lugar e recitaram este hino, lembrando a maravilhosa cruz de Jesus Cristo.


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Abaixo, uma tradução um tanto literal do famoso hino:


Se o leitor conhecer o hino em português, por favor, comunique-me colocando um comentário após esta postagem.


Quando eu contemplo a maravilhosa cruz, na qual o Príncipe da glória morreu, meu ganho mais rico eu reduzo a perda e faço derramar todo o meu orgulho.


Proíba, Senhor, que eu me glorie, a não ser na morte de meu Cristo, meu Deus! Todas as coisas que me encantam mais, eu as sacrifico ao Seu sangue.


Veja Sua fronte, Suas mãos, Seus pés; deles a dor e o amor fluem juntos! Podem tal amor e dor estar unidos, ou espinhos compor tão rica coroa?


Toda a minha natureza, é um presente muito insignificante; Amor tão surpreendente, tão divino, exige minha alma, minha vida, meu tudo.



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Link


Os interessados podem tentar ouvi-lo através do YouTube.


Próxima postagem:


A história do "Porque Ele vive, posso crer no amanhã"


domingo, 10 de abril de 2011

Comigo habita, ó Deus, a noite vem...

Abide with me - Bliv kvar hos mig - Oi, Herra , luoksein

340 -Comigo habita, ó Deus! a noite vem/ As trevas crescem, eis, Senhor, convém/ Que me socorra a Tua proteção;/Oh! vem fazer comigo habitação!


Vem revelar-Te a mim, Jesus, Senhor,/ Divino Mestre, Rei, Consolador,/ Meu guia forte, amparo em tentação;/ Vem, vem fazer comigo habitação!


Em breve aqui terei meu fim mortal;/ Desaparece o gozo terreal./ Mudança vejo em tudo, e corrupção;/ Comigo faze eterna habitação!


Não há perigo andando com Jesus,/ Presente está nas trevas ou na luz./ Morte e sepulcro não aterrarão/ Onde meu Deus fizer habitação.


. Henry Francis Lyte (1793-1847), que foi pastor de uma pobre Negritocongregação entre pescadores em uma cidadezinha na costa da Inglaterra, batalhou contra a asma e a tuberculose durante toda a sua vida. A despeito de sua frágil saúde, trabalhou diligentemente e era muito amado pelo seu povo. Quando aconselhado a se poupar, ele respondia com as conhecidas palavras: "É melhor usar do que enferrujar". Sua saúde agravou-se a tal ponto que foi aconselhado a procurar viver em um clima mais quente, no caso no sul da Europa, o que nunca chegou a acontecer. Conta-se que quase se arrastou para dar o seu último sermão em 1847. Enfraquecido em seus pulmões e muito triste pela despedida permanente de sua congregação, caminhando pela praia com o coração pesado, olhou o por-do-sol e comparou-o com o final de uma vida. Naqueles tristes momentos ele pensou no poema que havia começado a escrever. Retornando ao seu escritório, deu o toque final ao que se tornou o hino imortal "Comigo habita, ó Deus, a noite vem" (Abide with me) . Deu seu poema a um amigo que, infelizmente, esqueceu-o em um baú por quatorze anos. Encontrado, tornou-se um hino amado e entoado em pequenas e grandes ocasiões, espalhando-se pelo mundo inteiro. Fonte: "Songs in the Night" Tradução: João Gomes da Rocha (+ 1947) Nota do dono do blog: Este amado hino, que consta também no Hinário Episcopal, foi cantado em ambos os enterros, de meu pai e de minha mãe. O hino em português: http://www.youtube.com/watch?v=EAQxnql-W6U

quarta-feira, 23 de março de 2011

Careço de Jesus / Preciso de Jesus

I need Thee every hour - Var stund jag dig behöver

230 - Preciso de Jesus,/ De ti, ó meu Senhor!/ Somente a tua voz/ Tem para mim valor!

Coro - De ti, Senhor, preciso/ Hoje, eternamente!/ Somente a tua bênção/ Me faz viver.

Preciso de Jesus!/ Unido a ti, Senhor,/ Pecado e tentação/ Se mostram sem vigor.

Preciso de Jesus!/ Vem dar ao coração/ O gozo de viver/ Em santa retidão.

Preciso de Jesus,/ de Ti, meu Sumo Bem,/ Na lida terrenal/ E no eterno além.

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Annie S. Hawks (1835-1919), que contribuiu com vários hinos para a Escola Dominical, era membro da Igreja Batista Hanson Place, no Broklyn, NY, e casada com Charles H. Haws. Seu pastor era Robert Lowry, que a encorajou a escrever hinos e que é o compositor deste.

Ela mesma conta sua experiência ao escrever o famoso hino:

"Um dia como uma esposa e mãe de 37 anos, eu estava ocupada com minhas tarefas diárias. De repente, a presença do Mestre veio tão perto que imaginei como alguém poderia viver sem Ele, seja em alegria ou em dor. Então, as palavras vieram-me à mente e os pensamentos tomaram conta de mim."

Dezesseis anos depois, com a morte de seu marido, as palavras que escrevera ministraram ao seu próprio coração, como ela conta:

"Eu não havia compreendido a razão por que este hino ter pulsado o coração de tantas pessoas, até quando as sombras caíram sobre o meu próprio caminho, as sombras de uma grande perda. Então compreendi o poder confortador nas palavras que Deus me permitira dar a outros quando inicialmente as escrevi naquela hora de serenidade e paz."

Fonte - Songs in the Night - Companion to the song Book

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O hino no original inglês, que também pode ser procurado no YouTube em português com o título "Careço de Jesus":

http://www.youtube.com/watch?v=0VeQrymN568&feature=related


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sábado, 19 de março de 2011

O hino que sustentou na fé um prisioneiro chinês

A revolução cultural na China, em 1949, forçou o major Hung Shun Yin a deixar a sua tarefa de editor-em-chefe do Exército de Salvação na China e ser confinado a um campo de trabalhos forçados. Tudo o que lhe era mais precioso espiritualmente foi carregado pela correnteza da mudança, da violência e da violência.

O major, no entanto, nos anos 90 testemunhou que este coro, cantado após cada dia de trabalhos forçados, fez com que a chama de sua fé nunca fosse extinguida: "All my days and all my hours" (Todos os meus dias e minhas horas). E o cantou diante de uma multidão de salvacionistas, já idoso, quando foi agraciado com a Ordem do Fundador pela então General Eva Burrows.




Em 1981 ele foi aos EUA pela primeira vez. Saudado pelos salvacionistas e pela banda, que tocou o hino do fundador, "Perdão infinito, oceano de amor", o major não escondendo sua emoção cantou junto, em chinês. Após falou que há 31 anos não ouvia o hino tocado por uma banda.

Na reunião de ordenação e comissionamento dos cadetes (seminaristas), não conteve suas lágrimas e, ao ser feito apelo após a pregação, dirigiu-se ao altar para orar por renovação de sua fé e pelo seu país. Que testemunho poderoso!

Fonte: Songs in the Night
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Por não me lembrar das palavras do coro em português, faço uma tradução literal do inglês:

All my days and all my hours (Todos os meus dias e minhas horas)/ All my will and all my powers (Toda a minha vontade e todo o meu poder)/ All the passions of my soul (Todas as paixões da minha alma)/ Not a fragment but the whole (Não um fragmento, mas por inteiro)/ Shall be thine, dear Lord (2x) (Serão Teus, amado Senhor (2x)). _______________________________________


Youtube que mostra a ocasião do recebimento da Ordem do Fundador e o solo do major Yin:

http://www.youtube.com/watch?v=hClkP3RRXm8

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terça-feira, 8 de março de 2011

Tudo a Ti, Jesus, consagro.

I surrender all - Allt åt Jesus helt jag lämnar - Jeesukselle kaiken annan

234 - Tudo a ti, Jesus, consagro,/ Tudo entrego a Ti, meu Rei!/ Resoluto, mas submisso,/ Sempre a Ti eu seguirei!

Tudo entregarei! (bis),/ Sim, por Ti, Jesus bondoso,/ Tudo deixarei.

Tudo a Ti, Jesus, consagro,/ Constrangido por amor;/ Vem, transforma a minha vida/ e meu coração, Senhor!

Tudo a Ti, Jesus, consagro!/ Quanto gozo, meu Senhor!/ Paz completa, paz perfeita!/ Glória, glória ao Salvador!

Nota:

No original inglês o cântico tem no mínimo 5 estrofes.

A tradução para o português, transcrita abaixo, é do judeu-cristão batista Salomão Luiz Ginsburg (ver postagem a seu respeito neste blog).

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A história do hino contada por Billy Graham:

Um dos evangelistas que muito me influenciou, principalmente no início do meu ministério, foi também o autor de hinos que escreveu "Tudo a ti, Jesus, consagro" (I surrender all), o Rev. Judson W. Van Der Venter (1855-1939).

Ele era um visitante regular ao Instituto Bíblico da Flórida (hoje Trinity Bible College) nos anos 30. Nós os estudantes amávamos esse homem bondoso e profundamente espiritual e muitas vezes reuníamo-nos no seu lar em Tampa, Flórida, para noites de amizade e canto.

Van der Venter não foi sempre um ministro religioso. De acordo com o seu próprio testemunho, seu primeiro interesse e paixão foi pela arte. Quando terminou a universidade, ensinou em uma escola a fim de financiar seus estudos de desenho e pintura. Mais tarde, tornou-se supervisor de arte na escola pública de Sharon, na Pensilvânia.

Naquele tempo, reuniões evangelísticas foram realizadas em sua igreja e ele envolveu-se em aconselhamento e trabalho com pessoas. Uma vez que tinha grande habilidade para a tarefa, diversos amigos animaram-no a deixar de lado o ensino e tornar-se um evangelista. Por cinco anos ele ficou indeciso entre o desafio de tornar-se um evangelista ou seguir sua ambição de tornar-se um reconhecido artista.

Ele próprio contou sua história:

"Finalmente, em uma hora crucial na minha vida, entreguei tudo a Deus e fui conduzido a um novo dia. Tornei-me um evangelista e descobri em minha alma um talento novo, que foi o de escrever hinos que nunca havia cantado antes."

O hino "Tudo a ti, Jesus, consagro" foi escrito anos mais tarde em sua vida, quando J.W.Van Der Venter lembrou-se da luta que tivera e sua final submissão a Deus.

A música é do hino é de Winfield S. Weenden (1896), que publicou diversos livros de músicas religiosas, sendo que o título desta está gravado na sua sepultura.

Fonte:

Cruzader Hymns and Hymn Stories by the Billy Graham team.


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O hino com 5 estrofes no Cantor Cristão:

Tudo, ó Cristo, a ti entrego;/ Tudo, sim, por ti darei!/ Resoluto, mas submisso,/ Sempre, sempre, seguirei!

Tudo entregarei! Tudo entregarei!/ Sim, por ti, Jesus bendito,/ Tudo deixarei!

Tudo, ó Cristo, a ti entrego,/ Corpo e alma, eis aqui!/ Este mundo mau renego,/Ó Jesus, me aceita a mim!

Tudo, ó Cristo, a ti entrego,/ Quero ser somente teu!/ Tão submisso à tua vontade/ Como os anjos lá no céu! /

Tudo, ó Cristo, a ti entrego;/Oh, eu sinto teu amor/ Transformar a minha vida/ E meu coração, Senhor!

Tudo, ó Cristo, a ti entrego;/ Oh, que gozo, meu Senhor!/Paz perfeita, paz completa!/Glória, glória ao Salvador!

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O hino em inglês:

http://www.youtube.com/watch?v=7x2IpLSfqp8

O hino em português:

http://www.youtube.com/watch?v=EIeDdUM7njQ

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quinta-feira, 3 de março de 2011

A Deus cantamos nós, são tantos Seus favores.

Nun danket alle Gott - Now thank we all our God
Nu tacka Gud, allt folk - Uskomme Jumalaan

8 - A Deus cantamos nós,/ São tantos Seus favores./ Com voz de gratidão ergamos os louvores,/ Pois, desde nossos pais,/ Seu braço nos cercou,/ E, pelo Seu amor,/ De dons nos cumulou.

Que tão bondoso Deus/ De nós esteja perto,/ Nos dando o Seu amor/ Em meio ao mundo incerto./ Guiando os nossos pés,/ Nos guarde em Sua paz/ E afaste todo o mal/ Com Seu poder veraz.

Louvemos sempre a Deus,/ Ao Pai e ao Filho amado,/ E Aquele que é, também,/ Com Eles adorado./ Eterno e Trino Deus,/ Te rendem gratidão/ Os santos e anjos Teus/ E toda a criação.

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Martin Rinkart (1586-1649) utilizou a música Paxis Pietatis Melica, de Johann Cruger, para o seu hino, que se tornou tão popular na Alemanha que era usado em todas as ocasiões de gratidão nacional.
Nasceu em Eilenburg, Saxônia, e foi educado na Universidade de Leipzig, tendo sido sustentado através de suas habilidades musicais. Tornou-se arquideão em sua cidade natal em 1617, permanecendo nela pelo resto de sua vida.

Durante a Guerra dos Trinta Anos, quando todos os clérigos da cidade foram mortos, Martin foi o único sobrevivente.

A guerra e a praga fizeram tantas vítimas que ele chegou a fazer 50 funerais por dia. Enterrou 4.480 pessoas, incluindo sua própria esposa. Foi durante esse tempo difícil que seu hino foi escrito. Quando a paz foi proclamada, em 1648, Rinkart, prematuramente envelhecido, estava esgotado por tantos sofrimentos.

Fonte: Compagnion to the Song Book of The Salvation Army

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A tradução para o inglês é de Miss Winkworth (+ 1878), enquanto que para o português é do Bispo Egmont Machado Krischke, da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, que celebrou o ofício de confirmação do autor deste blog, no final da década de 50.

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O hino:


http://www.youtube.com/watch?v=foHuHJbosSw&feature=related


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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Glória, Glória, Aleluia! Vencendo vem Jesus!

Mine eyes have seen the glory - (Battle Hymn of the Republic)

79 - Já refulge a glória eterna de Jesus, o Rei dos reis;/ Breve os reinos deste mundo seguirão as Suas leis!/ Os sinais de Sua vinda mais se mostram cada vez./ Vencendo vem Jesus!

Glória, glória, aleluia! (3x) Vencendo vem Jesus!

O clarim que chama os crentes à batalha já soou;/ Cristo, à frente do Seu povo, multidões já conquistou./ O inimigo, em retirada, seu furor patenteou./ Vencendo vem Jesus!

Eis que em glória refulgente sobre as nuvens descerá/ E as nações e os reis da terra com poder governará./ Sim, em paz e santidade toda a terra regerá./ Vencendo vem Jesus!

E por fim entronizado as nações há de julgar;/ TNegritoodos, grandes e pequenos, o Juiz hão de encarar./E os remidos triunfantes/ em fulgor hão de cantar: Vencido tem Jesus!

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A música é atribuída tradicionalmente a William Steffe, nascido na Carolina do Sul e criado na Filadélfia, no século 19. Pesquisadores, no entanto, acreditam que Steffe teve uma participação superficial e que a melodia era uma dessas atribuídas a vários compositores. Charles Claghorn, eminente hinólogo e autor de uma extensa pesquisa desse hino, diz que a melodiNegritoa poderia ter tido sua origem como um Negro Spiritual. Acredita-se que deva ter sido uma canção de trabalho das grandes fazendas do sul, no tempo da escravidão e, pelo seu padrão literário, métrica e ritmo, útil para ser cantada durante a colheita de algodão.

A letra é do Cantor Cristão, adaptada da original "Os meus olhos viram o esplendor da vinda do Senhor" (letra original abaixo na postagem) de Julia Ward Howe, pelo Pastor Ricardo Pitrowsky (1891-1965), chamado de "O gigante dos pampas".

Durante a Guerra Civil americana, a letra "John Brown's Body" foi muito cantada. John Brown foi um homem famoso pelos seus esforços para libertar os escravos, tendo sido enforcado em 1859. Várias outras letras surgiram, pois a melodia era contagiante.


Julia Ward HoweNegrito (1819-1910) nasceu em Nova York. Desde cedo mostrou muito talento poético. Casada com o redator de um jornal de Boston, Dr. Samuel G. Howe - muito devotado às causas humanitárias e forte defensor da libertação dos escravos - viajou em sua companhia pelos Estados Unidos e Europa. Eram muito amigos de políticos e literatos. Foi uma mulher muito ativa no seu tempo, destacando-se em fluente oratória. Pregou muitas vezes na sua Igreja Unitariana.

Em 1861, na Virgínia, assistiu a um grande desfile militar presidido pelo Presidente Abraão Lincoln. Na volta para Washington, ouviu soldados cantando a música conhecida como "O Corpo de John Brown" . Impressionada, Julia escreveu uma letra para a melodia, a conselho de um pastor amigo. Na mesma noite, em seu quarto de hotel, escreveu as demais estrofes, publicadas em 1862 com o título de "O Hino de Batalha da República". O hino teve pouca aceitação, até que um capelão metodista, Charles McCabe, começou a cantá-la para o seu regimento. Preso pelos soldados do sul, após ser libertado cantou o hino a pedido do Presidente Lincoln.

A partir daí, o hino teve muita aceitação e tem sido apreciado por grandes líderes. Foi o hino predileto de Lincoln. Foi entoado na cerimônia de posse do Presidente Lyndon Johnson. Da mesma forma, foi entoado no culto fúnebre de Winston Churchill e no ofício em memória do Senador Robert Kennedy.

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A letra original Mine eyes have seen the glory, transcrita do hinário "Seja Louvado"

e traduzida por J.Costa, é a seguinte:

Os meus olhos viram o esplendor da vinda do Senhor/ Que extermina da vindima suas uvas de rancor;/ Como um raio é sua espada, flamejante o seu fulgor,/ Vencendo vem Jesus!

Glória, glória, aleluia! (3x) Vencendo vem Jesus!

Em centenas de arraiais, qual sentinela o pude ver,/ Construíram-lhe um altar no orvalho frio do entardecer;/ Seu juízo, em luz mui fosca e tremulante o posso ler:/ "Seu dia em breve vem."

Tenho lido no Evangelho, que imutável ficará,/ Que na luta contra os ímpios, ele a graça nos dará;/ Ele, o herói, nascido de homem, que a serpente esmagará:/ Triunfa o nosso Deus!

A trombeta que jamais a retirada irá tocar/ Ecoou solenemente - os homens todos vai julgar;/ Vem minha alma, jubilosa, prontamente te entregar:/ Vencendo vem Jesus!

Entre os lírios tão formosos, Cristo humilde quis nascer/ Com a glória no seu seio, que transforma e dá poder;/ Fez-nos santos pela morte, vamos nós também morrer/ E os homens libertar!

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Fonte: extraído de "Se os hinos falassem", volume IV, de Bill H. Ichter.

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O hino:

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terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Oh! quão doce é o nome do Senhor Jesus; faz vibrar...

A trágica morte da esposa e de três filhinhos em um incêndio inspirou-lhe a escrever este hino!

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There's within my heart a melody

49 - Vibra em meu ser feliz canção/ com acorde divinal;/ Cristo me salvou, há paz em mim,/ Seu amor é sem igual!

Coro - Oh! quão doce é o nome do Senhor Jesus!/ Faz vibrar minha alma,/ Cantarei na Sua luz!

Sua graça em mim vou festejar,/ Pois seguro abrigo achei;/ A razão do meu louvor está/ Em Jesus, glorioso Rei!

Se por águas turvas eu passar/ Ou se o vale conhecer,/ Sei, à minha frente foi Jesus,/ Os Seus passos posso ver.

Breve as portas santas lá do céu/ Se abrirão de par em par;/ Quero ser fiel até o fim/ E o "bem-vindo" escutar!

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Luther Bridges, um jovem evangelista de sucesso, em 1910 aceitou um convite para realizar duas semanas de reuniões de avivamento perto do lugar onde sua esposa nascera, Horrodsburg, Kentuchy.

Perto do final da campanha recebeu um telefonema no meio da noite. A pessoa do outro lado da linha dava-lhe a trágica notícia de que a casa de seus sogros, onde se hospedavam sua esposa e três filhinhos, incendiara-se, causando a morte dos quatro. Assim, com apenas 26 anos, Luther perdeu a sua família inteira.

Abalado, mesmo assim procurou a Bíblia para receber conforto e direção. Na tempestade que se abateu violentamente sobre sua vida, Deus falou-lhe através do Salmo 91: "O que habita no esconderijo do Altíssimo, e descansa à sombra do Onipotente, , diz ao Senhor: Meu refúgio e meu baluarte, Deus meu, em quem confio." Essas palavras tornaram-se uma âncora para a sua alma. Da mesma forma que Jó, a calamidade abateu-se sobre a sua vida, mas sua fé permaneceu firme. O hino, de letra e música alegres, não dá idéia da trágica história pela qual foi escrito.

Fonte: "Songs in the Night" (Henry Gariepy).

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O hino no original inglês, conforme escrito por Luther Bridges:

There’s within my heart a melody/ Jesus whispers sweet and low,/ Fear not, I am with thee, peace, be still,/ In all of life’s ebb and flow.

Refrain
Jesus, Jesus, Jesus, sweetest name I know,/ Fills my every longing, keeps me singing as I go.


All my life was wrecked by sin and strife,/ Discord filled my heart with pain,/ Jesus swept across the broken strings,/ Stirred the slumbering chords again.

Feasting on the riches of His grace,/Resting ’neath His sheltering wing,/ Always looking on His smiling face,/ That is why I shout and sing.

Though sometimes He leads through waters deep,/ Trials fall across the way,/ Though sometimes the path seems rough and steep,/ See His footprints all the way.

Soon He’s coming back to welcome me,/ Far beyond the starry sky;/ I shall wing my flight to worlds unknown,/ I shall reign with Him on high.


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O hino instrumental:


http://www.youtube.com/watch?v=Q-TI57-M4es

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terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Em nada ponho a minha fé senão na graça de Jesus




The Solid Rock / O coro do hino no original inglês: Em Cristo, a sólida Rocha, estou; todos os outros fundamentos são areia movediça (On Christ, the solid Rock, I stand. All other ground is sinking sand). Foto: Tarso Benemann




319 - Em nada ponho a minha fé/ Senão na graça de Jesus,/ No sacrifício remidor,/ No sangue do bom Redentor.


Coro - A minha fé e o meu amor estão firmados no Senhor,/ Pois Rocha firme é o Senhor.


Se a face não Lhe posso ver,/ Na Sua graça vou viver;/ Em cada prova, sem falhar,/ Sempre hei de nEle confiar.


Seu juramento é mui leal,/ Abriga-me no temporal;/ Ao vir cercar-me a tentação,/ É Cristo a minha salvação.


Assim que o Seu clarim soar,/ Irei com Ele me encontrar/ E gozarei da redenção/ Com todos que no céu estão.


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Tradução: Francisco Caetano Borges da Silva (Cantor Cristão n. 366)________________________________________________________





Edward Mote (1797-1874).


Quem diria que aquele menino que vivia nas ruas de Londres, cujos pais, donos de uma péssima fama e que não davam a mínima importância a ele, um dia se tornaria um pastor batista e seria o autor de um hino que é uma verdadeira declaração de fé?


Edward Mote nasceu em Londres , em 1797. Em sua escola a Bíblia não era permitida. Mais tarde, contava: "Os meus domingos passei-os brincando nas ruas. Tão ignorante era que não sabia que existia um Deus."


Sua conversão se deu aos 16 anos, após ouvir a pregação do evangelho. Aprendiz de marceneiro na época, mais tarde chegou a abrir a sua própria marcenaria, recebendo muitos elogios de sua clientela. Quando já adulto, sentiu o chamado para o ministério.


A experiência de como o hino foi escrito foi contada por Mote e publicada em um jornal cristão:


"Indo um dia ao trabalho na marcenaria, estava pensando em escrever um hino sobre a experiência cristã na graça. Quase que imediatamente vieram-me à mente as palavras do coro. Começando com aquelas palavras, procurei estruturar as estrofes e quando terminou o dia eu havia escrito quatro estrofes completas." Sendo submetido a revista de hinos, foi logo aceito e publicado com seis estrofes originais.


Durante toda a sua vida, Mote gozara de uma saúde excepcional, nunca deixando de pregar por motivo de doença. Aos 77 anos, aproximando-se o fim de sua vida, uma de suas últimas declarações foi que as verdades que havia pregado serviram-lhe tanto em vida quanto na hora de sua morte.


Fonte: Revista "O Oficial"


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O hino cantado por um coral masculino:


http://www.youtube.com/watch?v=S39MwMm4eNA

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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Serenamente e com amor - The Great Physician

- The great Physician now is here
(O grande Médico está agora aqui)
- Den store läkaren är här
- On läsnä suuri lääkäri




116 - Serenamente e com amor/ Jesus Se aproxima/E, ao trazer saúde e paz,/ Os corações anima.

Que belo som angelical,/ É o mais doce canto aqui./ Glória ao nome sem igual:/ Cristo, Jesus Cristo!

Glorioso na ressurreição,/ Eu creio nEle e vivo./ Eu amo o nome do Senhor/ E O louvo em tom altivo.

Não tenho mais condenação,/ Estou justificado./ Meu coração já goza paz,/ Liberto do pecado.

Os teus pecados quer perdoar,/ Escuta Seu chamado/ E segue salvo para o céu,/ Reinando ao Seu lado.

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O doutor William Hunter (1811-1877) nasceu na Irlanda do Norte e com 6 anos de idade emigrou com seus pais para a América.


Tornou-se editor de dois jornais religiosos e foi o autor de cerca de 125 hinos. Foi também professor de hebraico e mais tarde ministro da Igreja Metodista Episcopal em Alliance, Ohio.





Um acidente ferroviário, no qual muitas pessoas pereceram ou foram gravemente feridas, proveu para o autor o tema deste hino. Felizmente, cinco médicos estavam viajando no trem e rapidamente entraram em ação, sendo instrumentos para salvar as vidas de muitas pessoas que de outra forma teriam morrido, aumentando o saldo de vítimas daquele acidente.


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Fonte: Companion to the Song Book

Música: John H. Stockton (1813-1877)

Nota: William Hunter é também o autor de "Estamos marchando à terra dos santos?" (We´re bound for the land of the pure and the holy), com música tradicional americana.

Tradução: Daniel Tavares Bastos Gama

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O hino no instrumental de órgão:

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sábado, 29 de janeiro de 2011

Saudai o Nome de Jesus! Arcanjos Adorai!

O hino que foi inspirado na coroação do rei George III



All hail the power of Jesus' name! / Högtlovat vare Jesu namn!


47 - Saudai o nome de Jesus! Arcanjos adorai!/ Ao Rei que Se humilhou na cruz, com glória coroai!


Ó escolhida geração de Deus, o eterno Pai,/Ao grande Autor da salvação com glória coroai!


Remidos todos com fervor, hosanas entoai!/ Ao verbo feito Redentor com glória coroai!


Ó raças, tribos e nações, ao Rei divino honrai!/ A Quem quebrou os vis grilhões com gloria coroai!


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Edward Perronet (1726-1792) era filho de um ministro da Igreja Anglicana e veio de uma família francesa descendente de huguenotes que, por motivo de perseguição religiosa, estabeleceu-se inicialmente na Suíça e depois na Inglaterra, em 1680.


Esteve associado com John e Charles Wesley, que o chamavam de "Ned". Tornou-se um pregador metodista até 1755, e durante esse período enfrentou perseguição aos metodistas a ponto de ter sido jogado na lama e apedrejado.

Certa vez John Wesley anunciou para a congregação que Edward Perronet iria pregar na próxima reunião. Sendo dezoito anos mais moço do que Wesley, Edward se recusava a pregar na presença do famoso pregador. Entretanto, não querendo criar conflito com Wesley, foi ao púlpito e anunciou que iria pregar "o maior sermão que já fora pregado sobre a terra". Leu, então, o Sermão da Montanha e sentou-se sem nenhum comentário.


Mais tarde em sua vida, tendo rompido com o movimento de Wesley, tornou-se ministro do movimento Countess of Huntingdon na capela da rua Watling, em Canterbury. No final de sua vida tornou-se pastor de uma congregacão independente em Canterbury e seu corpo foi enterrado na famosa catedral.


Um dos episódios mais dramáticos ligados a este hino - que chegou a ser considerado "o hino nacional do Cristianismo" - é contado pelo Rev. E. P. Scott quando trabalhava como missionário na Índia. Seu amigo queria convencê-lo de que não deveria aventurar-se a chegar perto de uma tribo de bárbaros que ele desejava evangelizar. Mas com coragem Scott quis cumprir o seu dever, confiando que Deus o protegeria. Quando alcançou a tribo situada nas montanhas, os selvagens o cercaram ameaçando-o com suas armas. Ele nada tinha em suas mãos a não ser o seu violino; assim, fechando os olhos, começou a tocar e a cantar: "Saudai o Nome de Jesus!" (All hail the power of Jesus'name). Quando abriu os olhos, imaginando que seria morto imediatamente, constatou qItálicoue sua vida fora salva pela mensagem do hino - que menciona tribos - e foi recebido com curiosidade e interesse, que se transformaram em grande desejo de ouvi-lo pregar o Evangelho, o que culminou com muitos abrindo seus corações a Jesus Cristo.


A música "Diadema" é de James Ellor (1838), enquanto que "Miles Lane" de William Shrussole (1779). A tradução para o português é de Justus Henry Nelson.


Fonte - Companion to the Song Book - Google.


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O hino cantado por Avalon, em ritmo mais moderno:


http://www.youtube.com/watch?v=JYu4i3XlaR4

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