quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

"O amor de Deus não passa"

O amor de Deus não passa


Na vida aqui tudo passa, nada nasceu pra ficar,
O que começa tem fim também, pois tudo há de passar.
Passa o calor, passa o frio, e o mar na força que tem,
O caminhante na estrada passa em busca do além!

Coro:

O amor de Deus não passa, e nunca há de passar;

O amor de Deus não passa, ele jamais passará.


Passa a tristeza da vida e a alegria fugaz,
O vento e a tempestade e a vingança voraz.
Passa a beleza enganosa, passa o mal e o bem,
Passa o rico e o pobre, e a saudade também.


Passa a maldade nefasta, passa o ódio cruel,
Passa o bom e o ruim também, o inocente e o réu.
Passa o sol e a lua, no seu constante vai-vem,
Passa o regato sereno, e nós passamos também.


Cantado por Josely Scarabelli:


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Do blog de Elvis Tavares extraí a história do autor:


Faleceu neste último domingo (12/12/10) o radialista Josias Menezes, pioneiríssimo na apresentação de programação evangélica musical.

Josias criou o programa Peça o seu hino preferido, que durante décadas foi ao ar na Rádio Copacabana AM e em diversas rádios do Rio de Janeiro, estando ainda sendo veiculado na Rádio AM Teresópolis (região serrana do RJ), de onde transmitia direto de seu apartamento, em razão de a doença dificultar sua locomoção.

Josias Menezes foi o mentor da popularização, no Brasil, da música gospel, que até meados da década de 50 era cognominada de música sacra. Sua inovação, a princípio, teve reações adversas de alguns evangélicos da ala conservadora da época, que achavam que somente as obras dos autores de séculos anteriores ou as que constavam em alguns hinários seriam aprovadas por Deus.

O radialista organizou, também, a Caravana de Josias Menezes, que percorria todo o Estado levando um naipe dos cantores mais requisitados pelo público para apresentação nas igrejas.

Josias Menezes em foto recente
Como compositor, destacou-se em diversas obras, com destaque especialíssimo para O rosto de Cristo, que possui mais de 60 gravações diferentes. Número que suplanta muitas composições famosas de grandes autores da MPB.

Comprei a revista Bizz em edição comemorativa aos 70 anos do "Rei" Roberto Carlos. Na página 95, há uma menção à pesquisa feita pelo ECAD informando que a obra Emoções, de Roberto & Erasmo, foi a música de sua carreira com maior número de regravações: 57 vezes. Ou seja, RC é superado por Josias, em se fazendo esse pequeno paralelo, muito embora os rendimentos autorais tracem um lamentável paradoxo entre eles, haja vista que enquanto Roberto Carlos via sua conta corrente aumentar, Josias, que lutava pelos direitos dos autores, a cada momento descobria uma nova regravação desautorizada.

Assim como Ozéias de Paula teve seu repertório durante a carreira composto, em sua maioria, por músicas do autor Edison Coelho, na mesma proporção, Josely Scarabelli colocou em seus discos canções de Josias Menezes. Elon Cavalcante, Carlos de Oliveira, José Tostes, Luiz de Carvalho foram outros que introduziram canções de Josias em seus trabalhos.

No meio do ano estive acompanhando equipe da Patmos Music durante uma entrevista com Josias Menezes, onde pudemos perceber que seu estado de saúde mostrava-se bastante fragilizado.




Paulo, você fez citação no seu blog * de um hino de Josias Menezes, um dos maiores radialistas do meio gospel no Brasil e que também tinha algumas composições. Era padrinho de casamento do casal Edson e Telma e muito meu amigo. Morava aqui em Teresopolis. Deus o levou em dezembro de 2010, deixando saudades! (Wagner de Barros Campos)

Em julho de 2011 fui hóspede no Acampamento Ebenezer, do meu amigo Wagner de Barros Campos, em Guapimirim-RJ. Na foto, com sua família e os cantores evangélicos Edison e Telma, dos quais quero contar a história um dia neste blog. Donos de vozes esplêndidas, formam um dueto pleno de harmonia e unção!

* Postagem: Em NY, Anneli viu Jacqueline Kennedy passar...

www.paulofranke.blogspot.com

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2 comentários:

  1. Olá!
    Que trabalho lindo você faz! Parabéns! Amo o "Mais junto ó Deus a ti". Abraços.

    Neoli

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  2. Obrigado, Neoli, que você continue a ser edificada!

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