100 - Perdão infinito, oceano de amor (O hino do Fundador)O boundless salvation
226 - O gränslösa frälsning
139 - Oi, armonsa meri
Perdão infinito, oceano de amor, repleto da graça do bom Salvador, Tão livre, tão vasto, qual ondas do mar, Minha alma redime, vem sobre mim rolar.
Meus erros são tantos que dentro de mim Eu choro em tristeza e mágoas sem fim; Meu pranto não salva, mas esse grande mar Minha alma transforma se sobre mim rolar.
De gênio inconstante e fortes paixões, Cativo me sinto de mil tentações, Mas salvo me encontro se a graça, sem par, Das ondas divinas, minha alma inundar.
Cansado e abatido, no inútil viver, Na luta que enfrento, o mal quer vencer, Mas grande esperança encontro, enfim, Se o mar forte e puro rolar sobre mim.
Oceano divino, detenho o olhar Na vida fluente do teu revoltear; Às margens chegando, seguioso e sem paz, À espera da bênção, não volto atrás.
No som retumbante das ondas do mar Que atinge o meu ser e o faz exultar, Escuto o chamado do grande "Eu Sou", Mergulho nas águas e salvo estou!
Agora, aleluia, com Deus viverei! Meus dias ao santo serviço darei, Pois é sem limite o sangue remidor Que emana de Cristo Jesus, o Salvador.
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Aconteceu durante a semana de Natal quando o Comissário Theodore Kitching era secretário particular do fundador do Exército de Salvação, William Booth (1829-1912).
O dia havia sido longo em Hadley Wood, perto de Londres, e ambos trabalhavam no manuscrito do livro de regulamentos, que estava tomando mais e mais atenção pela manhä, à tarde e à noite.
O secretário escreveu: "Confesso que estava começando a ficar alegre quando o ponteiro do relógio se aproximava das 21h00, antevendo o momento de ir dormir. Naquele instante chegou, porém, um rapaz da cidade trazendo uma mensagem do Chefe do Estado-Maior convocando-me para trabalhar com ele durante a noite em seu escritório no Quartel, pelo que eu deveria prosseguir para lá no primeiro trem. Então você irá, disse o General, mas regresse no primeiro trem da manhã!
Às 06h00, no dia seguinte, estava de volta e, planejando ir ao meu quarto dormir algumas horas, antes de William Booth estar pronto para o café e para mais um dia de trabalho, fechei a porta com cuidado e aproximei-me da escada, quando notei luz acesa em seu escritório. Quem poderia estar lá a esta hora do dia? Será que a empregada esqueceu as luzes acesas ou seria um ladrão?
Silenciosamente, abri a porta e uma voz disse-me: Finalmente você chegou! Onde esteve? Tenho esperado tanto tempo por você! Então, perguntei: Mas, General, acordou? 'Se acordei', veio a resposta,'ainda não fui para a cama. Você e o Chefe do Estado-Maior não são os únicos homens que têm trabalhado a noite inteira!'
Então mostrou-me uma porção de folhas soltas, cobertas com sua letra, e disse-me: 'Leia e diga-me o que acha!' Cada folha continha versos pensados, inspirados e transcritos no papel durante as horas da noite. Havia nascido o cântico conhecido por todos os salvacionistas através do mundo: 'Perdão infinito, oceano de amor...'" A primeira publicação do mesmo foi feita pelo The War Cry (Brado de Guerra).
Aceito imediatamente, voou para o norte, sul, leste e oeste! E, continuou o secretário do Fundador: "Como gostava de estar ao seu lado em diversos lugares do mundo, em palcos de teatros, perante multidões ao ar livre, e de ouvir sua voz lendo as palavras: 'Agora, aleluia, com Deus viverei!' Ao escrever estas linhas, ainda ouço William Booth chamar um grupo de oficiais para cantar aquelas palavras que a tantos têm conduzido a Cristo e à Sua gloriosa e sem limite salvação!"
Fonte: "A Imagem do Cruzeiro Resplandece", história do Exército de Salvação no Brasil, escrita pelo Comissário Carl S. Eliasen.
Fotos: A casa situada em Hertfordshire, Inglaterra, onde o Fundador viveu a sua aposentadoria e onde foi "promovido à glória" em 1912. Na outra foto, com sua cartola e bengala, ao lado do seu cão Gyp.
O homem de Deus que queria "ir às almas, e às piores", e que em 1865 fundou o humilde Exército de Salvação - cuja bandeira flutua hoje em 121 países - tem seu busto na Westminster Chapel, em Londres, onde são coroados os reis da Inglaterra.
Richard Collier finaliza a biografia de William Booth ("Um General perto de Deus") contando que a rainha Mary da Grã-Bretanha entrou sem que ninguém a reconhecesse no grande salão onde ele estava sendo velado. Junto dela, na mesma fila, estava uma mulher pobremente vestida, mas bem cuidada, que confessou o seu segredo à rainha. Ela já fora prostituta, e o Exército de Salvação a tinha salvo. A mulher viera cedo para arranjar um lugar no corredor, imaginando que o esquife passaria junto dela. E quando isso aconteceu, ela colocou discretamente três cravos murchos sobre a tampa, e durante todo o serviço fúnebre foram aquelas as únicas flores sobre o caixão. A Rainha Mary sentiu uma emoção profunda quando a mulher se voltou para ela e disse com simplicidade, em palavras que poderiam servir de epitáfio a William Booth: - Ele cuidava de gente da nossa espécie.
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L i n k s:
O boundless salvation (o hino cantado pelo coral do centenário)
http://www.youtube.com/watch?v=vWqvtRXLogc&feature=related
Vídeo do funeral de William Booth, que parou o centro de Londres:
http://www.youtube.com/watch?v=tfSYcYTF_Ds&feature=player_embedded
Pois é, Franke, fiquei impressionado com a dimensão do evento. Não sabia da importância que ele já alcançava na Inglaterra e no mundo. Perfeitamente justificado, pelo maravilhoso legado que deixou. Enquanto alguns líderes religiosos atuais preocupam-se em construir suntuosos prédios, sua obra e vida basearam-se em apenas dois pilares : Fé e Caridade!
ResponderExcluirFrancisco