sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Haverá Paz no Vale /There will be Peace in the Valley

Mui cansado estou, mas procuro o Senhor,
Dele a voz eu almejo ouvir.
Na gloriosa manhã ou à noite ao dormir,
Haverá paz no vale pra mim!

Haverá paz no vale pra mim, eu sei,
Haverá paz no vale pra mim, Senhor, eu sei!
Nem a sombra da noite ali verei
Haverá paz no vale pra mim.

Quando o sol surgir no horizonte além,
E mostrar todo o vale em flor,
Eu ali quero estar, mui alegre a cantar,
Na presença do meu bom Jesus.

Na cidade de ouro, onde iremos morar,
Toda a vida vai-se transformar;
Quais crianças seremos, e em paz viveremos,
Pois Jesus, o Senhor, vai reinar.

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Thomas Andrew Dorsey (1899 - 1993)

Nasceu em Villa Rica, na Georgia, EUA e é conhecido como "o pai da música negra gospel".
Thomas foi o diretor musical da Igreja Batista Peregrino em Chicago, de 1932 até os anos 70. Sua maior composição, Take my hand, precious Lord, foi apresentada por Mahalia Jackson e era a favorita do Rev. Martin Luther King Jr.
Sua "Paz no Vale" foi apresentada por dúzias de outros artistas, incluindo Albertina Walker, Johnny Cash e Elvis Presley (ver link).

Em 2002, a Biblioteca do Congresso honrou seu álbum 
Precious Lord: New Recordings of the Great of Thomas A. Dorsey (1973), adicionando-o ao Registro Nacional de Gravações dos Estados Unidos.

O pai de Dorsey foi um ministro e sua mãe professora de piano. Ele aprendeu a tocar blues quando era ainda jovem. Depois de estudar música formalmente em Chicago, tornou-se um agente da Paramount Gravações.

No total é a ele creditado mais de 400 blues e canções de jazz.

Sua primeira mulher, Nettie, morreu em 1932 durante o parto. Dois dias depois, o menino também morreu. Na sua dor, Thomas escreveu sua mais famosa canção, Precious Lord, take my hand, que era a favorita de Martin Luther King Jr e que foi cantada no rally na noite anterior ao seu assassinato. Foi também a música favorita do Presidente Lyndon B. Johnson, que pediu que fosse cantada no seu funeral.

"Paz no Vale" Dorsey escreveu para Mahalia Jackson cantar em 1937 e logo tornou-se um sucesso.

História do hino:

Conta-se que pouco antes de Hitler enviar suas máquinas de guerra ao leste europeu, Thomas estava viajando através do sul de Indiana a caminho de Cincinnati, e o campo parecia prever esta iminente guerra e tudo o que ela envolveria. "Eu passei com o trem através de um vale onde cavalos, vacas e ovelhas estavam juntamente pastando. Um pequeno riacho corria através do vale e pude ver a fonte daquela água que descia. Tudo parecia tão cheio de paz no cenário que abrangia os animais. Isso fez-me questionar o que havia de errado com a humanidade e por que os homens não poderiam viver em paz como os animais naquele vale? Assim nasceu o Haverá paz no vale.

Well, I'm tired and so weary, but I must go along

Till the Lord comes to call me away
Where the morning's so bright and the Lamb is the light
And the night, night is as fair as the day.

There will be peace in the valley for me someday
There will be peace in the valley for me, Oh lord I pray
There'll be no sadness, no sorrow, no trouble I'll see
There will be peace in the valley for me.

Well, the bear will be gentle, and the wolf will be tame
And the lion will lay down by the lamb
And the beasts from the wild will be led by a lit'le child
I'll be changed, changed from this creature that I am.

Nota do dono do blog:

Transcrevo acima o original inglês. Infelizmente, muitas chamadas traduções são meras versões que não captam a beleza e a profundidade que levaram o autor a escrever o hino. Ainda que bonitas as palavras em português, não se comparam às do original inglês que menciona o bíblico "leão convivendo com o cordeiro". Talvez devamos orar para que Deus suscite mais tradutores capacitados para o Brasil e Portugal que  façam o difícil trabalho com zelo e fidelidade à mensagem contida na letra original.

Paulo Elias Hämäläinen, filho
do evangelista Markku
Hämäläinen, irmão
de minha esposa,
emprestou algumas vezes sua bela 
e potente voz ao
International Open Gospel Choir, 
que iniciei e liderei por 6 anos
em Helsinki.
Na foto, Paulo canta 
There will be peace 
in the valley em uma de
nossas apresentações. 
Há cerca de três anos,
Paulo foi o vencedor do X-FACTOR
da Finlândia.















Isaías França cantou o inspirado hino no momento tocante à beira da sepultura de seu sobrinho, o jovem músico Gerson Oliveira, em 2011, em Guarulhos-SP.

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L i n k s

Luiz de Carvalho interpreta o mencionado hino:


Também o faz Elvis Presley:


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domingo, 5 de agosto de 2012

Édison e Telma, escolhidos a dedo pelo Dedo de Deus!


Serra dos Órgãos, no belíssimo estado do Rio de Janeiro...Com o convite de um amigo, que tem um lindo acampamento na cidade de Guapimirim, visitei-o e a seus familiares, bem como a região onde vivem, isso no meio do ano de 2011 (veja link abaixo).
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Serra dos Órgãos... meu saudoso pai, Darcy Franke, que foi cinegrafista em uma fase de sua vida, caminhou com um tio seu, Mario Franke, que vivia no Rio, por longo trecho da Serra e filmou cada etapa da caminhada (ver próxima postagem do meu blog1, sobre o Dia dos Pais (link abaixo))
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Serra dos Órgãos... na visão dos primeiros portugueses que passaram pela região, os diferentes picos e suas alturas lembravam tubos de órgãos encontrados nas igrejas da Europa, daí o significado do nome.

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Enquanto fazia uma breve visita ao amigo, irmão do saudoso Sidney de Barros Campos - homem que Deus usou para trazer-me para o Exército de Salvação em 1962 - certa noite visitaram-lhe seus amigos que vivem também em Guapimirim. Foi a minha vez de rever o casal Édison e Telma Coelho, que tanto eu admirava, casal que forma um dueto ungido por Deus que tem abençoado milhares de vidas.


A fim de fazer uma homenagem ao casal neste meu blog2, "encomendei" de sua filha, amiga no Facebook, fotos e o histórico da vida dos servos de Deus cantores, que transcrevo a seguir:

"A história de Édison e Telma teve o seu início no ano de 1965, quando Édison Fernandes Coelho foi convidado a participar de um culto na 1ª Igreja Batista em Jardim Colégio - Rio de Janeiro. Naquele mesmo dia, Telma Coelho estreava no coral em que seu pai Tito Carvalho era o regente. E enquanto o coral cantava o hino de 328 do Cantor Cristão, "Sossegai", Édison se converteu.

E naquela igreja um quarteto foi formado por Édison e seus irmãos, Wilson, Gevany e Elizabeth; Telma eventualmente substituía um deles quando era necessário. Com o passar do tempo, o quarteto se tornou dueto, pois os irmãos de Édison foram saindo aos poucos por motivos particulares e profissionais. E assim nasceu o dueto Édison e Telma.

E começaram a visitar outras igrejas e estados brasdileiros cantando os hinos de Jair e Hosana, Otoniel e Oziel, e outros.
Mas nesta época não namoravam ainda, o que só aconteceu alguns anos depois.
Em 1971, gravaram os dois primeiros Lps, "Amor e Paz" e "Estrela de Davi".


Durante muito tempo viajaram por todo o Brasil fazendo parte da Caravana de Josias Menezes, que foi padrinho de casamento deles, e que na época fazia o programa de rádio "Peça o seu Hino Preferido" na rádio Copacabana (na foto acima, o casal no programa que foi realizado no Maracanãzinho).
Muitos cantores, como Shirley Carvalhais, J. Neto, Joel e Jonas, Marcos Antônio, Mara Dalila, Ozéias de Paula, Magno Malta (hoje senador), Josely Scarabelli, Álvaro Tito, e tantos outros já gravaram os hinos de Édson, mas  o primeiro, foi Vitorino Silva.

Um amigo em comum chamado Itamar Alves Pacheco forneceu a Édison o endereço de Vitorino, que o recebeu muito bem. E assim, Vitorino, em 1970, gravou o Lp "Chamado Deus é a Natureza", contendo o hino de mesmo título de Édison e mais três de sua autoria que são o "Jubila, irmão!" e "Senhor, não me deixes!" 

Recentemente, Andréa Fontes regravou o hino "Deus Vivo" em seu último CD que foi lançado pela Mk Publicità. São aproximadamente 3000 músicas gravadas.

E foram muitas músicas que consagraram o ministério de Édison e Telma, porém o hino "Deus Vivo" merece destaque, pois a inspiração veio após um acontecimento na Assembléia de Deus em Criciúma-SC. O pastor na época era José Vieira, e o pregador na noite era Paulo Cézar Lima, o qual estava rouco e disse a Édison que não sabia como iria pregar, acrescentando: 'Vai e prega o tempo que você conseguir, e vamos ver o que Deus faz'. 

E ele pregou por 30 minutos e perdeu a voz completamente, e quando se virou para entregar o microfone, uma mulher tomada pelo Espírito Santo ficou em pé e disse: 'Eis que estou no meio de vós, ouví os meus passos!' E todos que estavam dentro do templo, na cantina, estacionamento, todos ouviram. E os passos vinham da porta em direção ao altar, e por onde passavam pessoas eram batizadas com o Espírito Santo, eram arrebatadas, inclusive as crianças que ali estavam. E foi assim que nasceu a inspiração deste hino, cujas palavras são: 

Há um mistério na igreja
Há um silêncio de oração
Há um milagre acontecendo
No meio da congregação
Eu sinto um Anjo passeando
Com sua espada de poder
É o mensageiro do Senhor
Que veio pra nos proteger

Deus vivo, oh! Deus vivo
Quem é salvo sente Teu amor presente
Pois estás aqui
Deus vivo, oh! Deus vivo
Torna tudo novo e abençoa o povo
Que confia em Ti.

Há um alegria em nossas vidas
Há um temor no coração
As nossas mãos estão unidas
E Deus visita cada irmão
Dos nossos olhos descem lágrimas
Porque sentimos operar
O nossso Deus está aqui
Seu santo nome é Jeová

Lp Deus vivo


Ao longo da carreira de Édison e Telma houve também a formação de um conjunto chamado 'Solene Som', que tinha a participação de vários amigos como Wagner e Wanderley de Barros Campos, Débora Carvalho - irmã de Telma - e do saudoso Edivaldo Novaes, o qual mais tarde seria o fundador do conjunto 'Altos Louvores'.

Hoje em dia Édison e Telma moram em Guapimirim-RJ e continuam com seu ministério de louvor a Deus; possuem 3 filhos e 7 netos, e já estão se preparando para gravar mais um CD.

Que Deus seja louvado pela preciosa vida de meus queridos pais!"

O último Cd lançado pela Mk Publicità foi o "Sempre", com os hinos:

1. Saudade dos irmãos
2. De mãos dadas com Jesus
3. Deus da minha salvação
4. Sim é Jesus
5. Quanto tempo faz
6. Deixa Jesus te abraçar
7. Poder maior
8. Lâmpada acesa
9. Quem é Jesus
10. Eu sou do meu amado
11. Ninguém vai tirar Jesus de mim
12. Campo missionário
13. Pastor do interior
14. Toda honra, toda glória










Na foto, Édison com Christian Coelho e seu colega e amigo, o conhecido Sergio Lopes, autor de belos hinos, inclusive sobre Israel.
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Na foto, estou com a família do saudoso Sidney de Barros Campos, na casa de seu irmão em Guapimirim-RJ. A querida irmã Maria de Barros Campos, mãe de Wagner, Wanderley e dos saudosos Sidney e Dulcinéia, faz parte do grupo, que inclui também Édison e Telma.


Noite fria ao pé da Serra dos Órgãos... mas nosso coração foi aquecido ao ouvir Édison e Telma em um longo medley de seus duetos. Foi a segunda vez em que me encontrei com o casal, que na década de 80 participou da Reunião Unida no Corpo Central do Exército de Salvação, na Liberdade, em São Paulo, ocasião quando comprei um de seus LPs que ficou "gasto de tanto escutar". Cantaram também na reunião em memória de Sidney de Barros Campos, no mesmo Corpo Central, em 1978, pois eram, com sua esposa Doreen, muito amigos. Doreen vive na Austrália e é minha amiga no Facebook, assim como o casal que considero escolhido a dedo, o Dedo de Deus, para o seu louvor!
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Links

Férias 2011 no Brasil... nas montanhas:

http://paulofranke.blogspot.fi/2011/08/2-ferias-no-brasil-montanhas.html

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Hino "O Calendário do Crente"


e muitos outros de Édison e Telma poderão ser encontrados no youTube.

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Procure, à direita ao acessar este blog, a história dramática por trás do hino "Sossegai", que influenciou Édison na sua conversão.

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Um admirador que possui todas as gravacões de Édison e Telma:

http://edisonetelma.files.wordpress.com/2012/06/eu-e-minha-coleo.jpg

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Meu blog1, no qual oportunamente publicarei também esta postagem:

www.paulofranke.blogspot.com

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terça-feira, 24 de julho de 2012

"Em Suas mãos estou, por onde for"/I'm in His hands

313.


O que me importa se as nuvens se aproximam,/ O meu Senhor e Mestre cuidará de mim;/ Se a tempestade está tentando confundir-me,/ A salvo sempre estou em Suas mãos.


Coro:
Em Suas mãos, em Suas mãos,/ Nas mãos de Deus estou por onde for./ Se há nuvens ao redor, Seu trilho é o melhor,/ Pois confiante estou nas mãos de Deus.


Se eu não entendo tantas coisas que se passam,/ Em Deus confio e obedeço à Sua lei./ A minha fé em Deus é o que supera tudo,/ Pois eu seguro estou em Suas mãos.


A cada dia Deus Se mostra suficiente,/ Pois eu entregue a Ele estou e ao Seu querer./ A cada dia Sua graça é mais presente,/ E vou permanecer em Suas mãos.


Tradução: Bruno Behrendt (e comissão do Cancioneiro Salvacionista). 


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Letra e música são de Stanley E. Ditmer, um líder do Exército de Salvação nos EUA.


Ele próprio conta a história de como este hino, que a tantos tem abençoado e fortalecido, veio a existir:


"Quando eu fui nomeado para o Colégio de Cadete (seminário salvacionista) em Nova York, estava com os cadetes em uma campanha evangelística de 10 dias de duração, em 1956, quando fui chamado à Filadélfia onde meu irmão estava seriamente enfermo. Minha tarefa seria contar-lhe que estava sofrendo de um tipo de câncer (sarcoma linfático) e que ele não teria mais do que quatro meses de vida.


Aconteceu que um mês mais tarde eu próprio estava enfermo e confinado ao leito no Colégio de Cadetes, perdendo peso rapidamente. Os médicos não conseguiam diganosticar o meu problema naquele que chamo de um tempo de incerteza e preocupação.


Foi durante aquele período que o cântico "Em Suas mãos" nasceu. Considero que não foi "escrito", mas fluiu espontaneamente quando eu estava ao piano naquela manhã. Escrevi a primeira estrofe e deixei o hino de lado, quase o esquecendo.


Seis meses mais tarde, minha doença havia sido diagnosticada e eu estava melhor. Meu irmão estava vivo  e minha esposa e eu fomos nomeados oficiais dirigentes (pastores).  Foi-nos pedido, então, cantar um dueto em um seminário que acontecia a cada ano.
O hino que eu havia começado foi o que escolhi para entoarmos no evento.


Depois de o cantarmos, os oficiais presentes cantaram o coro repetidas vezes e pediram-me cópias. Enviei o cântico com todas as estrofes à redação do "Brado de Guerra" (The War Cry), e aí começou a sua jornada pelo mundo."


Fonte: "Songs in the Night" (Henry Gariepy).


Nota: É um hino muito cantado no Exército de Salvação, que atualmente trabalha em 124 países. Esta semana mesmo, sabendo do testemunho de uma colega sueca que está com câncer no olho esquerdo, vi-a mencionar no seu blog este hino em uma  demonstração de fé, conforto e esperança, por sentir-se segura nas mãos de Deus. 


No original inglês, o coro diz: "I'm in His hands, I'm in His hands!/ Whate'er the future holds, I'm in His hands. The days I cannot see have all been planned for me. His way is best, you see - I'm in His hands. (Estou em Suas mãos, estou em Suas mãos. Não importa o que envolva o futuro, eu estou em Suas mãos. Os dias que eu não posso ver foram todos planejados para mim. Seu caminho é o melhor... estou em Suas mãos.)


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No youTube abaixo, Stanley Ditmer dirige um coral salvacionista de 1000 vozes que canta o hino do qual ele contou a história acima:

http://www.youtube.com/watch?v=udAJxfrrrnw

Ainda sobre o hino:

http://www.kickstarter.com/projects/laeger/phil-laeger-new-ep-2012/posts/270449

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terça-feira, 10 de julho de 2012

3 tragédias marítimas (YOUTUBE) ligadas a hinos...

gravura: Facebook


Hinos, além do "Mais junto, ó Deus, a Ti" - TITANIC,

"Que seguranca, sou de Jesus"  - Imperatriz da Irlanda

"Sou feliz (bis) com Jesus, meu Senhor!" - Cidade de Havre


e suas histórias:


http://www.youtube.com/watch?v=sCR5cy858v8

Bem-vindos!

domingo, 8 de julho de 2012

"Ao passar o Jordão...Tantos como areia da praia"

Primeira Parte


Este hino está entre os meus preferidos. Dele lembrei-me ao visitar a Praia do Laranjal, na Lagoa dos Patos, em Pelotas-RS, daí a foto para ilustrar esta postagem.

Letra e música são de FRANCIS AUGUSTUS BLACKMER (1855-1930), um membro da Igreja Adventista que se destacou como compositor e escritor de hinos. Escreveu sua primeira música com a idade de 16 anos e, ao longo de sua vida, são de sua autoria mais de 300. Viveu praticamente a vida inteira no estado americano de Massachusetts, onde nasceu e veio a falecer. Trabalhou no negócio de pianos e dirigiu o coral da Advent Christian Church em Somerville, perto de Boston, tendo sido o líder musical por muitos anos das reuniões do Alton Bay Camp no Lago Winnepesaukee, em New Hampshire (1914-1930).



O hino popularizou-se entre nós através da Harpa Cristã, da Assembleia de Deus. Ao passar recentemente pelo templo dessa igreja em Ilhabela-SP à beira da praia (foto), não deixei de associar o hino aos irmãos daquela igreja, mas também, ao admirar a belíssima paisagem à minha frente, aos incontáveis salvos em Cristo, como areia da praia. 

Escute o hino pela Orquestra Filarmônica ADNIPO:


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Segunda Parte


E saiba a história do arranjo que foi feito do hino, recém publicado no YouTube (link abaixo).


Filho de oficiais salvacionistas ingleses, Ray Steadman-Allen nasceu em setembro de 1922, na área de Bristol. Quando seus pais foram transferidos para Londres, em 1937, o jovem Ray obteve o emprego de office-boy da General Evangeline Booth, filha do fundador do ES, William Booth.  Durante a Segunda Guerra, Ray alistou-se na Marinha Real. Tendo obtido um diploma de música, foi convidado para trabalhar no ramo musical depois da guerra. Pouco tempo depois, uniu-se ao Departamento Editorial de Música do Quartel Internacional em Londres. Seguindo os passos dos seus pais, tornou-se, em 1949, oficial (pastor) do The Salvation Army e em 1951 casou-se com Joyce Foster. Ray teve o privilégio de pertencer à "Ordem do Fundador", a maior honra concedida a um salvacionista.

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Nos anos 90, meu concunhado Daniel Tavares Bastos Gama - filho de oficiais e que herdou o talento musical de seu pai, Paulo Tavares Bastos Gama, muito conhecido no meio evangélico brasileiro - e minha filha, Deborah Franke Miranda, fizeram um dueto do arranjo de Steadman-Allen do hino "Numberless as the sand/Tantos como areia da praia", chamado "The Ransomed Host", escrito em 1954. 
Daniel é hoje pastor da Igreja Batista do Povo, em São José dos Campos-SP, e Deborah é oficial (pastora) do Templet, Corpo de língua sueca, em Helsinki-Finlândia. No link abaixo das fotos, o dueto euphonium-piano:






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terça-feira, 26 de junho de 2012

Jesus I come/ Deixo a noite da escravidão

Out of my bondage


222 -

Deixo a noite da escravidão, vindo a Ti, vindo a Ti,/ E entro na luz da libertação vindo a Ti, Jesus/Vai-se a fraqueza, vem o poder, reina a alegria, foge o sofrer,/ Sai meu pecado, vens-me valer, vindo a Ti, Jesus.


Deixo a queda, a perda, o falhar, vindo a Ti, vindo a Ti,/ Ganho na cruz a bênção sem par, vindo a Ti, Jesus./ Bálsamo encontro, não mais a dor, calma me cerca, foge o terror,/ Sai a aflição e brota o louvor, vindo a Ti, Jesus.


Deixo o orgulho, o falso ideal, vindo a Ti, vindo a Ti,/ Tua vontade aceito, cabal, vindo a Ti, Jesus./ Livre do eu, entrego-me a Ti, sem desespero, em êxtase aqui;/ Píncaros altos já conheci, vindo a Ti, Jesus.


Deixo o temor da morte que vem, vindo a Ti, vindo a Ti,/ É meu o lar de luz no além, vindo a Ti, Jesus./ Fora das trevas, luz celestial, terno abrigo és ao mortal;/ Oh! quão glorioso ver-Te, afinal, Cristo, meu Salvador!


Tradução: Paulo Franke
Nota: Como a de muitos hinos de língua inglesa, cujas palavras são curtas se comparadas ao português, a tradução sofre um tanto por esse motivo, não podendo captar a totalidade dos pensamentos contidos no hino; este é um exemplo. Desconheço se há outra tradução do hino.


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Letra: William T. Sleeper (1819-1904). Há pouca informação sobre o autor deste lindo hino, que o escreveu em 1887.  Era aparentemente    um  missionário local e serviu durante 30 anos na Igreja Congregacional de Massachusetts.  Escreveu um outro hino que também desconheço se há tradução para o português, Ye Must Be Born Again.


Letra: George Coles Stebbins (1846-1945). Com 23 anos mudou-se para Chicago onde trabalhou em igrejas, ficando seu nome ligado aos de grandes compositores, como Sankey e Bliss. Quando encontrou pela primeira vez Moody, que pregava em uma igreja de um vilarejo em Massachusetts, o evangelista pediu-lhe para liderar o  louvor. Um pouco nervoso, sentou-se  diante de pequeno órgão. Enquanto Stebbins tocava e dirigia a congregação, ficou incomodado com um barulho estranho, como um "som dissonante".  Pensou tratar-se do órgão e tentou descobrir que teclas não estavam funcionando. Finalmente, descobriu não se tratar do órgão, mas da voz  de Moody ao cantar...     Era um grande pregador, mas não um cantor, absolutamente. Acompanhou o grande evangelista por muitos anos, compondo hinos, inclusive para a hora do apelo, como o Out of my bondage, cuja história contamos hoje.

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   Out of my bondage, sorrow, and night,
   Jesus, I come, Jesus, I come;
Into Thy freedom, gladness, and light,
Jesus, I come to Thee;
Out of my sickness, into Thy health,
Out of my want and into Thy wealth,
Out of my sin and into Thyself,
Jesus, I come to Thee.
Out of my shameful failure and loss,
Jesus, I come, Jesus, I come;
Into the glorious gain of Thy cross,
Jesus, I come to Thee.
Out of earth’s sorrows into Thy balm,
Out of life’s storms and into Thy calm,
Out of distress to jubilant psalm,
Jesus, I come to Thee.
Out of unrest and arrogant pride,
Jesus, I come, Jesus, I come;
Into Thy blessèd will to abide,
Jesus, I come to Thee.
Out of myself to dwell in Thy love,
Out of despair into raptures above,
Upward for aye on wings like a dove,
Jesus, I come to Thee.
Out of the fear and dread of the tomb,
Jesus, I come, Jesus, I come;
Into the joy and light of Thy throne,
Jesus, I come to Thee.
Out of the depths of ruin untold,
Into the peace of Thy sheltering fold,
Ever Thy glorious face to behold,
Jesus, I come to Thee.
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Escute o hino e capte tanto a beleza de sua letra quanto de sua música:


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